Colheita do milho na Argentina registra produtividade média de apenas 57,5 sc/ha, aponta BCBA
Nesta quinta-feira (23), a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) trouxe sua atualização de reportes sobre a safra de milho da temporada 2022/23 na Argentina, destacando a redução dos rendimentos das lavouras conforme os trabalhos de colheita avançam pelo país.
“À medida que os produtores colhem os lotes, os rendimentos diminuem cada vez mais. Até o momento, o avanço nacional situa-se em 5,4% da área apta, marcando uma produtividade média nacional de 57,5 sacas por hectare”, aponta.
Na semana passada, a BCBA havia reduzido o potencial produtivo desta safra de milho na Argentina para 36 milhões de toneladas, 16 milhões a menos do que a safra passada e o que era esperado para este ciclo.
“À medida que o trabalho avança, essa projeção pode ser ajustada novamente”, diz a Bolsa.
No momento, a BCBA classifica as lavouras de milho da Argentina com 6% em condições boas ou excelentes, 36% normais e 58% regulares ou ruins. Além disso, 44% da área tem condição hídrica adequada ou ótima e 56% regular ou seca.
Na semana passada, esses índices eram de 7% boas ou excelentes, 33% médias e 60% ruins. Do lado das condições hídricas, 37% das lavouras estavam como ótimas ou adequadas e 63% com regulares ou secas.
Os técnicos da Bolsa relatam que, apesar de registar chuvas no centro e sul da zona agrícola do país, o stress termo-hídrico sofrido pelas lavouras deixou impactos irreversíveis nos potenciais produtivos.
“Essas precipitações vêm depois de duas semanas com temperaturas muito altas que causaram falhas na polinização dos plantios tardios. Por outro lado, o ambiente que será explorado pelos lotes que estão atrasados em seu desenvolvimento terá temperaturas mais baixas e menos radiação, diminuindo assim seu teto potencial”, explica.