Mercado de carnes: Boi Gordo, encerra semana com alta de 1%; suínos: no negativo; e frango: em recuperação
A semana se encerrou após dias de plena recuperação nos preços do boi gordo.
Em São Paulo, a alta média em relação ao fechamento da semana passada foi de 1,0%. Na média de todas as praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria, a valorização foi de 0,8%.
Pará foi o estado com as maiores valorizações neste período, com alta de 2,7%, na média das três regiões pesquisadas.
Em Araçatuba-SP, a referência para o boi gordo está em R$ 146,50/@, à vista, mas existem ofertas de compra e negócios realizados acima deste valor.
A escala de abate média na praça paulista atende entre quatro e cinco dias úteis, lembrando que os frigoríficos não abaterão na próxima segunda em função do feriado.
No mercado atacadista de carne bovina com osso, estabilidade no fechamento do mercado.
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Suíno Vivo: Preços interrompem sequências de altas e a semana encerra no negativo
Nesta sexta-feira (09), os preços para o suíno vivo voltaram a registrar baixas. Desta vez, Santa Catarina definiu nova referência de preços, passando de R$ 4,25/kg para R$ 4,00/kg. Na última semana, a praça havia optado pela manutenção de preços e esperava que com a virada do mês, o mercado reagisse.
De acordo com levantamento realizado pelo Cepea, divulgados nesta quinta-feira, os preços cederam em função diminuição da demanda. Com a greve dos fiscais agropecuários, que durou por três semanas em setembro, os embarques tiveram redução, embora tenham fechado o mês com bom resultado. Situação que trouxe um desequilíbrio de oferta no mercado.
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Segundo levantamento semanal realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, Santa Catarina foi a praça com a maior variação, com recuo de 5,88%. São Paulo também teve reajuste significativo – de 3,14% -, pela segunda semana consecutiva. Por lá, a Bolsa de Comercialização de Suínos definiu a referência para a semana entre R$ 83,00 a R$ 85,00/@ - o mesmo que R$ 4,43 a R$ 4,53/kg.
No Paraná, a referência também recuou pela segunda semana seguida, em que o vivo encerra valendo R$ 4,42/kg. Em Rio Grande do Sul, as baixas foram de 0,71%, com a média de preços para os produtores independentes em R$ 4,20/kg, segundo pesquisa da Acsurs (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul). Veja no gráfico abaixo:
Por outro lado, o preço médio pago pelas agroindústrias do estado aos produtores integrados teve acréscimo de R$ 0,01 e fechou a R$ 3,12/kg. Já o farelo de soja apresentou ligeiro recuo de 0,52% e ficou em R$ 1.447,50 por tonelada. Os preços para o milho também registraram uma baixa de 3,40% em relação a pesquisa anterior, valendo R$ 29,30 por saca.
Já em Minas Gerais, as cotações ficaram estáveis por mais uma semana, em R$ 4,60/kg. Esta é a terceira semana de estabilidade para a praça, que tem registrado boa comercialização com os frigoríficos, mas dificuldade de repassar custos ao consumidor final.
Apesar das baixas registradas na semana, analistas acreditam que o mercado possa voltar a registrar altas de preços. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos também projetam uma recuperação a partir deste final de semana, em razão do feriado da próxima segunda-feira.
Exportações
Nesta semana, não foram divulgados dados parciais de embarques de outubro, porém é esperado que o mercado continue apresentando resultados favoráveis. “O fator cambial segue positivo aos embarques”, comenta Allan Maia.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) referentes ao mês de setembro, apontam que em volume as exportações chegam a 45,2 mil toneladas, com média diária de 2,2 mil toneladas.
Apesar de ter ficado um pouco abaixo do esperado por analistas do setor – que acreditavam em algo em torno das 54 mil toneladas -, os dados são superiores aos de agosto, quando foram embarcadas 42,1 mil toneladas. Em comparação com setembro de 2014, o crescimento é de 31,5%, quando foram exportadas 36 mil toneladas.
Em receita, a soma é de US$ 112,6 milhões, com média de US$ 5,4 milhões – um crescimento de 6,3% em relação aos dados de agosto deste ano. O valor por tonelada ficou em US$ 2.493,5, apresentando recuo tanto em comparação com o mês anterior quanto com setembro de 2014.
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Frango Vivo: Semana encerra com recuperação de preços nas principais praças de comercialização
Nesta sexta-feira (09), os preços encerram estáveis nas principais praças de comercialização para o frango vivo, após diversas valorizações registradas. Nesta semana, o mercado correspondeu às expectativas de analistas, que esperavam alta de preços com a virada do mês, quando a reposição é maior.
Segundo analista da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias, a demanda aquecida foi um dos fatores que fizeram o mercado retornar as valorizações de preços, que estavam estagnados há algumas semanas. “Em tempos de crise, o frango permanece como a proteína animal de preço mais acessível à população, o que tem ajudado na valorização dos preços”, comenta.
Por outro lado, as altas também servem para recuperar os altos custos de produção registrados. Segundo o presidente da APA (Associação Paulista de Avicultores), Érico Pozzer, nas últimas semanas componentes importantes para a ração dos animais - milho e farelo de soja - tiveram alta significativa. "Em função da alta do dólar e fatores internos, nós tivemos um aumento do milho em torno de 34% e o farelo de soja que foi de mil reais a toneladas no final de agosto para 1.300 reais em setembro", explica.
As expectativas são de novas altas para o mercado nesta primeira quinzena, pelo período de maior reposição por parte dos frigoríficos, devido ao recebimento dos salários. “O feriado da próxima semana também pode influenciar em uma demanda mais aquecida”, explica Iglesias. Já Érico Pozzer conta que o volume de compras chega a subir cerca de 5 a 6% nos últimos meses.
» Assista a entrevista na íntegra com o presidente da APA, Érico Pozzer
De acordo com o levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, as maiores altas da semana foram registradas em Chapecó (SC) e Palmitos (SC), com valorização de 3,96% e negócios a R$ 2,10/kg. Já em São Paulo, após duas altas consecutivas na semana, os negócios encerram a R$ 3,00/kg e alta de 3,45%.
Em Minas Gerais, a semana também foi de recuperação de preços, com valorizações consecutivas na praça. Segundo informações da Avimig (Associação dos Avicultores de Minas Gerais), a cotação subiu 3,23% e o vivo está valendo R$ 3,20/kg.
Exportações
Nesta semana, não foram divulgados os dados parciais de outubro, que deve acontecer na próxima terça-feira (13). Porém, Iglesias projeta que o mês possa encerram com 365 e 375 mil toneladas de carne de frango in natura. “O cenário segue favorável às exportações de carne de frango, ainda que a desvalorização do real frente ao dólar tenha diminuído durante a semana”, informa.
Em setembro, os embarques chegaram 333,1 mil toneladas, com média diária de 15,9 mil toneladas, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Os dados apresentam queda 3,4% aos embarques de agosto, enquanto em comparação com setembro de 2014 há uma alta de 5,3%.
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Em receita, as exportações somam US$ 517,4 milhões, com média diária de US$ 24,6 milhões. Comparado com o mês anterior, há uma queda de 8,9%, enquanto em relação a setembro do ano passado, esta queda é de 14,5%. Já o valor por toneladas encerrou o mês a US$ 1.553,4.