Soja: Chicago fecha estável frente ao USDA e atento as 131 mi de t estimadas para safra 2021 do BR
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Entrevista com Ênio Fernandes - Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios sobre o Fechamento de Mercado da Soja
Os novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) foram divulgados nesta terça-feira (12) e chamaram mais atenção pelas primeiras perspectivas trazidas para a safra 2020/21 no caso da soja, segundo o consultor em agronegócios Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios.
A nova safra brasileira foi projetada em 131 milhões de toneladas pelo departamento americano e, como explicou Fernandes, "parece que o mercado ainda não digeriu totalmente o relatório".
E assim, será importante que o produtor estará ainda mais atento à intensa volatilidade do dólar - que fechou em R$ 5,88 nesta terça -, aos seus custos de produção e ao commportamento da demanda.
Por outro lado, a projeção é de que a China importe 96 milhões de toneladas nesta nova temporada, o que se mostra como um forte e positivo ponto para o mercado internacional a partir de agora. "E a Bolsa de Chicago reflete mais a realidade interna americana do que externa".
"Eu acredito que a comercialização da próxima safra terá que ser muito profissional, porque se Chicago não subir bem e se o dólar ceder, com uma safra de 131 milhões de toneladas podemos ter prêmios mais achatados no Brasil, o que começa a complicar nossa margem para o ano que vem. Assim, quem já vendeu bastante de sua safra está em uma certa 'zona de conforto', mas tudo ainda pode mudar", explica o consultor.