Chicago e dólar em alta levam cotações da soja no Brasil a alcançar novo recorde

Publicado em 07/05/2020 17:46 e atualizado em 07/05/2020 20:20
Novo momento em Chicago pode motivar ganhos da soja e buscar os US$ 8,70 no primeiro vencimento
Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting

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Entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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A quinta-feira (7) foi mais um dia de preços fortes para a soja brasileira. Os patamares renovaram seus recordes e testaram os R$ 115,00 por saca nos portos do país para a posição agosto. "Tivemos a tempestade perfeita a favor do produtor brasileiro hoje", diz o consultor da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. 

Os valores variaram entre R$ 114,00 a R$ 116,00 para o produto da safra atual, enquanto para a safra nova, os indicativos foram a R$ 107,00 nos terminais de exportação. Nesta quinta-feira, a moeda americana fechou o dia com alta de mais de 2,27% e valendo R$ 5,83. Na Bolsa de Chicago, as cotações da soja encerraram o pregão com ganhos de mais de 1% - ou alatas de 9 a 11,75 pontos nos principais contratos. Assim, o maio fechou o dia na CBOT com US$ 8,41, o julho US$ 8,44 e o agosto, US$ 8,45 por bushel. 

O dia foi, segundo Brandalizze, de mais compradores do que vendedores e de negócios um tanto limitados para a safra 2019/20. Já para 2020/21 as operações apresentaram mais volume, principalmente no Rio Grande do Sul.  O consultor afirma que são mais de 80% da safra velha já comercializados, e quase 30% da nova. 

"O produtor tem visto os valores e feito os cálculos de custos. O movimento está mais negociados aos insumos", explica. 

MERCADO INTERNACIONAL

O avanço forte das cotações no mercado futuro internacional, ainda segundo Brandalizze, se deu com um otimismo um pouco maior em torno da pandemia do coronavírus. O mundo aos poucos começa a a voltar à normalidade e em um momento em que as commodities estão muito baratas, o que pode favorecer a demanda. 

Mais do que isso, a escassez de produto no Brasil começa a influenciar ainda mais no andamento das cotações na CBOT. A oferta está bastante ajustada, enquanto o consumo segue forte, principalmente por parte da China.

Por: Aleksander Horta e Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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