Em Londrina (PR), produtores iniciam a colheita da soja e preocupação é com o excesso de chuvas

Publicado em 05/02/2016 08:36
Colheita do grão deve ganhar ritmo nos próximos 10 a 15 dias em Londrina (PR). Precipitações podem ocasionar perdas na qualidade do grão. Perdas nesta temporada devem ficar próximas de 5% na localidade. Produtores também estão preocupados com a logística, já que o excesso de chuvas danificou muitas estradas na região.

Os produtores da região de Londrina, no Paraná, iniciaram a colheita da soja e a expectativa é de boa produção, já que o clima não causou tantos prejudicou como era esperado no inicio da safra.

Apesar do grande volume de chuvas que o sul do país recebeu no segundo semestre do ano passado, o presidente do sindicato rural, Narciso Pissinati, afirma que a redução na produtividade deve ficar em torno de 5% apenas.

As atenções dos produtores se voltam agora para o clima durante os próximos quinze dias, onde os trabalhos de colheita devem se intensificar. "Pelas previsões, na região terá muita chuva ainda até o mês de abril, o que pode atrapalhar e prejudicar a qualidade do grão", acrescenta o presidente.

A preocupação, também está na logística para o escoamento da safra, visto que os temporais durante dezembro e janeiro, danificaram diversas estradas e pontes em todo estado que ainda não foram recuperadas. "Existem algumas alternativas, mas torna mais caro, inviabilizando esse tipo de transporte ou armazenagem", destaca Pissinati.

A propagação de doenças e pragas, mesmo com o grande volume de chuvas, não ocorreu de forma alarmante neste ano. Segundo Pissinati, estudos da Emater apontaram que houve pouca aplicação de defensivos nas lavouras de soja nesta safra 2015/16. "Os custos de produção, inclusive, ficaram menores que no ano passado para grande parte das lavouras", alerta Pissinati.

Comercialização

Aproveitando o pico de preço no segundo semestre do ano passado, boa parte dos produtores realizaram vendas de soja antecipada. Mesmo com os preços em Chicago depreciados, o dólar puxou as cotações no mercado interno, que chegaram a bater recorde no interior do país.

"Agora grande parte já fechou, e seria o momento de aguardar para terminar de vender na época de safra", ressalta Pissinati.

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Por: Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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