Engenheiro Agrônomo e Produtor Rural defende agricultura brasileira como sustentável e produtiva

Publicado em 19/08/2019 15:59
Airto Zamignan, de Balsas no Maranhão, escreveu artigo rebatendo diversas polêmicas do setor
Airto Zamignan - Engenheiro Agrônomo e Produtor Rural

Podcast

Brasil tem a produção mais sustentável - Entrevista com Airto Zamignan - Engenheiro Agrônomo e Produtor Rural

 

Download

O Notícias Agrícolas conversou com Airto Zamignan, engenheiro agrônomo e produtor rural em Balsas no Maranhão, que no final da última semana divulgou um artigo onde expunha diversos pontos em defesa do agronegócio brasileiro com relação ao desmatamento, uso de defensivos agrícolas e potencial produtivo do Brasil.

Confira a íntegra do artigo produzido por Zamignan abaixo e a entrevista completa no vídeo.

 

Entenda porque o Brasil é o maior País Ambientalista do mundo...

[Por Airto Zamignan] - Balsas (MA) 

Duas considerações, uma econômica e outra ambiental mostrando a dificuldade do produtor acreditar nessa empresa. E os motivos que tantas ONGs dizem estarem preocupadas com o meio ambiente Brasileiro.

Econômica: Hoje algumas fazendas na região dos "Gerais de Balsas" conseguem produzir duas safras por ano. Uma de soja com 3.600 kg/ha e uma segunda safra de algodão. Um produtor Americano consegue fazer uma única safra por ano, com média de 3.300 kg/ha de soja. O produtor Australiano consegue fazer uma safra anual de algodão. Resumindo, um produtor Brasileiro consegue no mesmo período produzir mais ou igual, que um produtor Americano e um produtor Australiano juntos. Outra possibilidade do produtor Brasileiro na segunda safra, é plantar milho no lugar de algodão, colhendo (em alguns casos) mais de 9.000 kg/ha de milho. Ao passo que o Americano consegue produzir 10.000 kg/ha (porém o produtor Americano consegue uma única safra anual; soja ou milho. Ambas, não.) Ou seja, o produtor do cerrado Brasileiro consegue produzir por hectare(ha) anualmente o que um Americano levará dois anos.

Desconhecemos qualquer atividade econômica, em que um concorrente (Brasil) consegue obter o dobro de produção do outro (EUA). Entre gigantes mundiais, é raro acontecer o que ocorre com a agricultura do cerrado, em que um produtor (Brasileiro) consegue em alguns casos, ter uma eficiência e produtividade igual ou maior que seus concorrentes juntos (Americano e Australiano).

O mundo que hoje têm mais de 7 bilhões de pessoas, terá nos próximos 30 anos quase 10 bilhões; esse crescimento populacional ocorrerá principalmente na África e na Ásia. E vai modificar ainda mais o cenário econômico mundial. A Ásia terá 4 países (China, Índia, Indonésia e Japão) entre os 5 mais ricos. A Europa que a 25 anos atrás tinha três países entre as cinco maiores economias, não terá nenhum. A China vai ter uma economia maior que as dez (10) maiores economias Europeias juntas. E irá ultrapassar a economia Americana, que por um longo período foi a maior do mundo. Esse crescimento populacional e econômico Asiático beneficiará muito a América Latina, principalmente o Brasil que será o maior exportador de alimentos. Esse crescimento fará nosso país ser a sexta maior economia do mundo, superando individualmente cada país Europeu. 

Ambientalmente, produtor do cerrado Maranhense pode usar 65% de sua área, menos APP (Área de preservação permanente). Exemplificando, se tiver 30%( nascentes de rios, matas ciliares, várzeas, morros, etc...) de 100 sobrariam 70; desses ele pode usar 65% ou seja, 70x65%= 45,5% de sua área total pode ser utilizados, os outros 44,5% terão que ficar para reserva.

Por outro lado o produtor Europeu ou Americano (onde estão as ONGs parceiras dessa empresa). Reserva legal: não existe. Área de preservação permanente e mata ciliares: não existe. Nascentes de rios, várzeas, córregos, que era possível ser drenado já o fizeram. 

Qual a lógica dessas ONGs? Como o descrito a seguir. O Greenpeace fundado em 1971 no Canadá, atualmente tem sua sede na Holanda, país que usa 400% a mais que o Brasil de Defensivos Agrícola (agrotóxicos...) por hectare (Holanda 4,59 kg/ha, Brasil 1,16 kg/ha). A Holanda destruiu 99,7% de sua vegetação nativa, se fosse recompor 0,1% ao ano; levaria 1.000(mil anos), para recompor a destruição. Mas é mais absurdo ainda constatar, que em 48 anos de existência dessa ONG (preocupadíssima com o meio ambiente), se a mesma tivesse contribuído com apenas essa quantidade (0,1%) seu País teria hoje (4,8%), 16 vezes mais vegetação nativa que possui atualmente (0,3%). 

Como acreditar na preocupação da Cargill com o meio ambiente, com ONGs e entidades parceiras de países que destruíram quase totalidade de sua flora e fauna. Pior, nada fazem para reflorestar e/ou reconstituir.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Comprometidos com a redução das emissões de carbono, Rock in Rio e The Town anunciam iniciativas sociais
Pesquisa aponta ganhos agrícolas bilionários com restauração de vegetação nativa em SP
AGCO Agriculture Foundation e The Nature Conservancy Brasil firmam parceria para ajudar agricultores na região do Cerrado a adotar práticas da agricultura regenerativa
G20 e COP 29: Mudanças climáticas redesenham a agricultura brasileira
COP29: organizações sociais apontam falhas em regras de financiamento
Tocantins oferecerá R$2,5 bilhões em créditos de carbono
undefined