Produtores de MG recebem mais R$ 0,50 sobre os R$ 3,50 de custo do kg do suíno vivo. Festas e fidelidade local à carne animam

Publicado em 22/11/2017 11:53
Talvez até o final do mês, mais R$ 0,10 sejam acrescentados ao valor de hoje para atacado/indústria. Quem sabe podendo chegar a até R$ 4,50 ao final da primeira quinzena de dezembro. Depois há uma estabilidade. E não há oferta em excesso nas granjas mineiras - maioria independentes - que possa anular aquecimento da demanda. Caso do embargo russo às carnes não preocupa.

Antônio Ferraz, presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), destaca que o mercado do suíno vivo gira em torno de R$4,20/kg, preço que ainda deve ser ajustado nas próximas semanas em função de um aquecimento previsto.

Neste valor, a carne suína já é considerada barata. Porém, historicamente, o momento atual conta com indústrias realizando estoques para as festas natalinas. Não há oferta em excesso e nem deve faltar carne para abastecer essa demanda.

Os preços atuais, contudo, já são remuneradores para os produtores, que possuem um custo de produção por volta de R$3,60/kg. Ferraz alerta que o preço do milho, por sua vez, não pode subir mais do que os patamares atuais - caso contrário, os produtores já começam a ficar enfraquecidos.

Embora as questões de mercado externo sejam fundamentais para o equilíbrio da cadeia, influenciando diretamente em Minas Gerais, que possui um mercado essencialmente independente, o presidente não acredita que o embargo por parte da Rússia possa gerar problemas, já que os portos russos costumam ficar fechados durante o mês de dezembro e, de qualquer forma, essas exportações seriam paralisadas.

A gastronomia mineira é baseada na carne suína. Com a chegada das festas, o consumo deve ficar ainda mais aquecido. Os mineiros ainda contam com as compras provenientes da região Nordeste.

Por: Giovanni Lorenzon e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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