Roberta Miranda fala sobre sua relação com a música e relembra fatos marcantes no Conexão Campo Cidade
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Conexão Campo Cidade 06/09/2021
O agronegócio e os setores urbanos estão intrinsecamente conectados, já que as cadeias produtivas de alimentos influenciam diretamente no cotidiano das cidades. Porém, muitos ruídos de comunicação entre as duas pontas geram discussões e desentendimentos que merecem atenção. Nesse contexto, o site Notícias Agrícolas e a consultoria MPrado desenvolveram o projeto Conexão Campo e Cidade, que visa debater diversas questões relacionadas aos negócios que envolvem os ambientes urbanos e rurais.
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No programa desta segunda-feira (06) recebeu a cantora Roberta Miranda, que falou sobre música, a relação do campo e da cidade e compartilhou diversas lembranças em uma conversa bastante emocionante.
Entre os principais momentos, Roberta revelou como ocorreu a composição de “Majestade, o Sabiá”, uma de suas principais composições. Ela recordou que, antes da fama, dividia o apartamento com uma amiga, a qual precisou se mudar. Quando isso ocorreu, a cantora que na época se apresentavam em pequenos bares, não conseguiu arcar com os gastos do aluguel.
Nessa situação, uma vizinha, que gostava de música, convidou Roberta para morar com ela e a presenteou com um sabiá.
“A Vanda me deu de presente Merlim, que era uma sabiá. Quando a Vanda me deu ela de presente, coloquei a gaiola do lado, peguei o violão e meu cafezinho. Quando comecei a dedilhar, a Merlim repetia. Então comecei pelo refrão e, quando eu digo ‘sinfonia de pardais cantando para a majestade sabiá’, é para a Merlim. Foi assim que fiz a majestade sabiá”, lembrou a cantora.
Roberta ainda comentou que acredita que conseguiu agradar tanto o público da cidade quanto do campo, porque esse é um dos potenciais que a música tem, de unir pessoas. Por fim, a artista revelou que tem sentido falta do contado com os fãs e, assim que acabar por definitivo o período de isolamento social, pretende voltar a se apresentar.
Casos atípicos de “vaca louca”
Depois da conversa com a cantora, os especialistas do Conexão Campo Cidade comentaram sobre os casos de “vaca louva” atípica que estiveram em evidência no Brasil na última semana. Alexandre de Barros explicou de maneira detalhada a situação, reforçando que o Brasil tem o segundo maior rebanho bovino do mundo e que casos como esses podem ocorrer em animais mais velhos.
Foram coletadas amostrar, que passaram por testes de contraprova no Canadá e, por fim, foram confirmados os casos como atípicos, quando não há infecção entre outros animais, o que não reflete em nenhum risco para a pecuária brasileira.
Contudo, como destacou Alexandre, o Brasil tem um acordo com a China, estabelecendo que, quando são identificadas suspeitos, mesmo que atípicas, há uma suspensão das importações. Ele criticou essa dinâmica entre os países. “Cabe eventualmente rever essa regra com a China, que não temos com nenhum outro país. No caso de ser clássica, tudo bem, aí tem todos os protocolos. Mas uma vez determinada que é atípica, a auto suspensão me parece uma coisa exagerada”, ponderou.
Safra da soja 2022
Outro assunto em destaque no programa foi a safra da soja do próximo ano. Marcelo Prado destacou que as margens de lucro não devem estar tão altas como estiveram no último ano. É possível, caso se confirmo as chuvas dentro do período ideal para o Brasil, que tanto a produção brasileira quanto a americana sejam altas, aumentando assim a oferta da oleaginosa, o que por sua vez reduziria o preço.
“Como ninguém tem bola de cristal para acertar o pico do preço, faça seu planejamento, vá fazendo sua comercialização de forma escalonada, para no final da safra você ter uma média legal de comercialização. Até porque o custo dos insumos subiu muito e não vamos ter margens tão gordas como foi na safra anterior”.