Compras em grupo geram economia de 10% a 15% na aquisição de insumos para produtores de MT
De acordo com Botaro, não é somente o câmbio que sinaliza uma boa compra, mesmo com os recursos disponíveis na mão. "Daqui a alguns dias, o câmbio pode estar mais abaixo. É uma posição bastante complicada", diz.
Uma das formas para observar a relação de troca é considerar também o preço das commodities no mercado internacional. Os fertilizantes, por exemplo, que representam 50% dos custos, tiveram uma condição melhor para a compra em janeiro e fevereiro, quando os preços da soja estavam mais acima. No mês de março, com a queda nas cotações, a relação não se mostrou tão interessante como nesses meses, já que o preço dos fertilizantes, em decorrência da queda na soja, subiu.
Portanto, ele destaca que "o melhor momento de compra é a melhor relação, independentemente da época". Ele não vê uma necessidade de comprar "porque hoje existe uma relação boa", apontando que a "relação pode ficar ainda melhor nos próximos quatro a cinco meses".
No caso dos agroquímicos, o volume de utilização vem sendo reduzido ano após ano em função da tecnologia utilizada nas culturas. Este fator limita a utilização desses produtos. A concorrência com produtos clandestinos também faz com que os preços sejam pressionados.
Vantagens da compra em grupo
Botaro conta que a vantagem de se comprar em grupo se dá, principalmente, por conta do volume. "A gente entra comprando um volume expressivo, para uma área grande e fazendo toda a negociação", diz. Com isso, os fornecedores não precisam fazer contato direto com todos aqueles que irão receber este produto, o que se torna uma vantagem tanto para a empresa quanto para os produtores.
Para a próxima safra, a Plantagro compra produtos para 57 mil hectares de soja e 48 mil hectares de milho. 100% dos fertilizantes já foram comprados e, agora, as negociações estão em torno das sementes.