Açúcar despenca em NY e Londres nesta 2ª com realização de lucros e financeiro
Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (25) com perdas expressivas nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sente pressão de realização de lucros, após máximas de mais de uma década nos últimos dias, além de seguir as oscilações do financeiro.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registrou desvalorização de 2,57% no dia, a 26,58 cents/lb, com máxima em 27,32 cents/lb e mínima de 26,50 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 1,74%, a US$ 718,10 a tonelada.
Depois de máximas de mais de uma década nos últimos dias, o mercado do açúcar passou a trabalhar no negativo nesta segunda-feira com pressão de um movimento natural de realização de lucros. Além disso, o financeiro contribuiu para as perdas ao longo do dia.
As oscilações do petróleo impactam diretamente nos preços dos combustíveis e, consequentemente, na decisão das usinas sobre a produção de açúcar ou etanol. Além disso, o dólar tinha alta sobre o real, o que tende a encorajar as exportações, mas pesa sobre os preços.
Apesar da queda no dia, os preços externos ainda acompanham os temores com a oferta do adoçante, principalmente por conta dos problemas nas origens asiáticas.
"Os negociadores disseram que os preços deverão permanecer elevados, uma vez que as preocupações com a queda na produção dos produtores da Índia e da Tailândia dominam, ofuscando o que se espera ser uma colheita abundante no maior produtor, o Brasil", disse a agência Reuters.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar têm recuado no mercado físico, após ganhos recentes. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 154,44 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,28%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 154,45 a saca e alta de 1,82%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,84 c/lb com valorização de 0,15%.