Açúcar fica próximo da estabilidade em NY, mas tem 5ª queda seguida em Londres
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (16) próximas da estabilidade na Bolsa de Nova York e queda pela sexta sessão seguida em Londres. O dia foi marcado por oscilação dos dois lados da tabela, com ajustes e pressão por alívio da estiagem nas áreas do Brasil.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou estabilidade, cotado a US$ 17,20 c/lb, com máxima de 17,45 c/lb e mínima de 17,10 c/lb. Enquanto que o tipo branco em Londres teve perda de 0,86% na sessão, negociado a US$ 437,00 a tonelada.
Depois de registrar valorização em parte da manhã com ajuste de posições sendo registrados, as cotações açúcar no terminal norte-americano e londrino recuaram mais fortemente durante a tarde e depois passaram a amenizar as perdas próximas do final da sessão desta quarta-feira.
Como peso para as cotações no dia, seguiu a repercussão de alívio na condição de estiagem no Centro-Sul do Brasil com chuvas registradas nos últimos dias, mas ainda assim os últimos meses foram marcados por baixos volumes de precipitação nas áreas produtoras.
Amenização do cenário de estiagem no Centro-Sul é monitorada pelo mercado - Foto: Unsplash
“As áreas de cultivo da parte Sul e Sudeste do Brasil estão recebendo algumas chuvas benéficas, com o Paraná e partes de São Paulo com as melhores precipitações”, disse em relatório do mercado do açúcar o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
Além disso, o mercado também seguiu acompanhando alguma pressão depois da estimativa da trading inglesa Czarnikow apontando que a safra global 2021/22 (outubro-setembro) deve ter um superávit de 1,5 milhão de toneladas com elevação na produção em importantes origens.
No financeiro, o dia é de suporte para as cotações do açúcar nos terminais externos. O petróleo WTI e o Brent registram ganhos moderados nesta tarde, o que daria suporte ao açúcar relacionado ao etanol. Além disso, o dólar registrava queda sobre o real, o que tende a desestimular as exportações.
Mercado interno
No mercado físico do Brasil, as variações para o açúcar seguem positivas acompanhando um aquecimento da demanda. Como referência, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve valorização de 0,32%, cotado a R$ 117,26 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou alta de 0,02%, a R$ 124,55 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração disponível o preço FOB cotado a US$ 17,92 c/lb com queda de 1,38%.