Bolsonaro diz que privatização da Petrobras passa por fatiamento da empresa

Publicado em 31/05/2022 14:53

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista gravada que a ideia em relação à privatização da Petrobras é fatiar a empresa para vendê-la.

A declaração foi em resposta a uma pergunta do apresentador Carlos Massa, o Ratinho, em entrevista gravada na semana passada e divulgada nesta terça-feira.

Questionado se, caso reeleito, irá privatizar a estatal, Bolsonaro afirmou que a privatização de uma empresa como a Petrobras levaria quatro anos.

"A privatização da Petrobras leva no mínimo quatro anos. Uma ideia era fatiar a Petrobras. Realmente não está dando certo atualmente. Apesar de estar na nossa Constituição a sua função social, ela não está cumprindo", disse Bolsonaro.

Repetindo o discurso feito por seu principal rival nas próximas eleições presidenciais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro afirmou que a Petrobras não pode continuar usando a paridade de preço internacional para justificar as altas de preço.

"A Petrobras não pode continuar usar a paridade de preço internacional sendo que nós aqui somos autossuficientes --não somos autossuficientes em refino-- repassando isso sempre para o povo", disse.

O Brasil não tem capacidade de atender todo o mercado de combustíveis com suas refinarias, sendo obrigado a importar diesel e gasolina para completar suas necessidades.

No primeiro quadrimestre, por exemplo, a importação de diesel aumentou 23,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, para 4,7 bilhões de litros, segundo dados da agência reguladora ANP.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ações iniciam agosto em queda, conforme dados reacendem temores de desaceleração
Dólar salta ao maior valor desde dezembro de 2021 influenciado por exterior e Copom
Ibovespa tem queda modesta com ajustes antes de dados dos EUA sexta; WEG renova máximas
Governo publica decreto que regulamenta programas de autocontrole agropecuário
Dólar chega a superar os R$5,73 pressionado por exterior e Copom
Ações europeias recuam mais de 1% com queda de papéis de bancos