Projeção de alta de 1,5% do PIB inclui desaceleração no 2º semestre com aperto monetário, diz secretário

Publicado em 19/05/2022 16:22

A projeção oficial de alta do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,5% em 2022 já considera efeitos do aperto monetário implementado pelo Banco Central, disse nesta quinta-feira o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Pedro Calhman, mencionando previsão de “leve desaceleração” no segundo semestre deste ano.

“O efeito está incluído, a projeção já considera impacto das condições financeiras mais restritivas, com desaceleração leve do crescimento no segundo semestre e manutenção ao longo de 2023”, disse o secretário.

Em boletim divulgado nesta quinta, a pasta manteve suas projeções para crescimento do PIB de 1,5% em 2022 e 2,5% em 2023.

Nas últimas semanas, o Banco Central incluiu em seus cenários o risco de o ciclo de alta na taxa básica de juros causar uma desaceleração da atividade a partir do segundo semestre, podendo também provocar um recuo da inflação.

Isso ocorreria no segundo semestre por causa da defasagem sobre a economia do efeito da política monetária, que entrou em campo contracionista recentemente.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, que também participou da apresentação do boletim, disse acreditar que ainda é possível ter surpresas positivas ao longo deste ano, o que levaria a alta do PIB a patamar superior ao de 1,5%.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar sobe e fica acima de R$5,75 após dados de emprego dos EUA
Dólar abre acima de R$5,75 antes de dados de emprego dos EUA
Tamanho dos cortes de juros do Fed pode depender do mercado de trabalho dos EUA
Minério de ferro de Dalian sobe na sessão, mas caminha para leve perda semanal
Ações da China caem com temores de desaceleração dos EUA
Ações iniciam agosto em queda, conforme dados reacendem temores de desaceleração