Na Folha: O STF fala demais e cala demais, por Elio Gaspari
Mais uma crise: o governo acionou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para xeretar a vida do ministro Edson Fachin, do STF. Como Michel Temer, ele teria voado num jatinho da JBS.
De bate-pronto, a ministra Cármen Lúcia disse que "é inadmissível a prática de gravíssimo crime contra o Supremo Tribunal Federal, contra a democracia e contra as liberdades, se confirmada a informação de devassa ilegal de um dos seus integrantes."
O procurador-geral Rodrigo Janot acrescentou: "Não quero acreditar que isso tenha acontecido. Usar um órgão de inteligência do Estado de forma espúria para investigar um dos Poderes da República (...) é a institucionalidade de um Estado policial, de um Estado de exceção."
O ministro Gilmar Mendes emendou: "A tentativa de intimidação de qualquer membro do Judiciário, seja por parte de órgãos do governo, seja por parte do Ministério Público, ou da Polícia Federal, é lamentável e deve ser veementemente combatida."
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