Na Folha: Esquerda enfim acorda e critica Nicolás Maduro, por Clóvis Rossi

Publicado em 13/06/2017 15:05

Enfim, um sinal de vida inteligente na esquerda global e, em especial, na América Latina: um grupo de cerca de 250 intelectuais e ativistas políticos definidos como de esquerda e/ou progressistas está divulgando manifesto em que critica com dureza o governo de Nicolás Maduro.

Critica também o que cansei de escrever neste espaço: a cegueira da esquerda, que silencia sobre o deslizamento da Venezuela para a ditadura e sobre o seu monumental fracasso administrativo.

Diz o texto, por exemplo: "Não acreditamos, como certos setores da esquerda latino-americana, que devemos defender acriticamente o que é apresentado como um 'governo anti-imperialista e popular'. O apoio incondicional oferecido por certos ativistas e intelectuais não apenas revela cegueira ideológica mas é prejudicial pois, lamentavelmente, contribui para a consolidação de um regime autoritário".

A análise da evolução para o autoritarismo é perfeita:

"Essa dinâmica começou com o Executivo ignorando outros braços do poder estatal, em particular a Assembleia Nacional, em que a oposição tem maioria depois de seu triunfo nas eleições de dezembro de 2015. A tendência aumentou exponencialmente com o subsequente bloqueio de um referendo revogatório –instrumento democrático introduzido pela Constituição aprovada no período Hugo Chávez– e o adiamento de eleições regionais no ano passado, até o fracassado golpe tentado pelo Executivo [a retirada de poderes do Parlamento]".

Leia a íntegra no site da Folha de S. Paulo

Fonte: Folha de S. Paulo

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