Moro rejeita novas diligências requeridas por Lula e MPF; sentença sai a partir de 20 de junho

Publicado em 15/05/2017 12:07

BRASÍLIA (Reuters) - O juiz Sérgio Moro rejeitou nesta segunda-feira novas diligências requeridas pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo Ministério Público Federal (MPF) no processo que apura se o petista recebeu vantagens indevidas da empreiteira OAS por meio de um tríplex no Guarujá (SP) e da armazenagem de bens depois que deixou a Presidência.

Pelo despacho de Moro, que ouviu Lula em depoimento na semana passada, o ex-presidente poderá ser julgado a partir de 20 de junho, dia em que se encerra o prazo para que a defesa do ex-presidente, o MPF e a Petrobras, que também participa da ação, apresentem as alegações finais e o caso fique pronto para que o magistrado dê sua sentença.

O ex-presidente será julgado por Moro se cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Essa é uma das cinco ações penais que Lula é réu.

Na decisão desta segunda, o juiz responsável por conduzir a operação Lava Jato na primeira instância recusou todos os pedidos apresentados pela defesa do petista. Os advogados pediam, por exemplo, a inclusão no processo de documentos da OAS, da Petrobras e a colheita do depoimento de novas testemunhas.

O juiz somente permitiu que os procuradores que cuidam do caso, quando da apresentação das alegações finais, esclareçam o status das negociações do acordo de delação premiada dos executivos da OAS Leo Pinheiro e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, e quais benefícios foram oferecidos a eles.

"Defiro apenas o requerido para que o MPF, nas alegações finais, informe, caso eventual acordo tenha sido celebrado e não esteja sob sigilo decretado por jurisdição de hierarquia superior, o seu teor", disse Moro no despacho.

(Reportagem de Ricardo Brito)

Fonte: Reuters

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