Valor do frete rodoviário na Argentina é 70% mais caro que nos Estados Unidos
Um informe da Fundação Agropecuária para o Desenvolvimento da Argentina (FADA) aponta que o campo no país gasta AR$48,5 bilhões anuais (aproximadamente US$3 bilhões) para transportar grãos por meio de caminhões, o que equivale a 14,5% do valor dos grãos transportados. Além disse, segundo a FADA, se somado ao transporte de carnes, este número chega a AR$52,7 bilhões (aproximadamente US$3,3 bilhões).
Na Argentina, 85% da produção é transportada pelas estradas, 13% em estradas de ferro e 2% por hidrovia.
"Se transportam em caminhões, contando idas e voltas, 138 milhões de toneladas da produção anual da grãos. Cada caminhão leva 28 toneladas, o que soma 4.900.000 viagens para levar grãos de um lugar ao outro. Se essas viagens forem medidas em caminhões, cada ano de transporte na Argentina equivale a 20 mil voltas na terra", explica a entidade.
Este dado, de acordo com a FADA, está presente nos cálculos do Plano Federal de Transporte, em 2015, que sinaliza que a distância média percorrida pelos fretes de grãos é de 166km.
"Se tomamos um exemplo, como o transporte de milho e soja vindo de Río Cuarto, no sul de Córdoba, ao porto de Rosário, que se encontra a 400km, os custos são bem elevados. A cada 100 caminhões de milho, 26 são gastos em fretes. O transporte leva 26% de cada tonelada de milho. No caso da soja, se gastam 16 caminhões em cada 100", indicou.
A FADA também fez uma comparação internacional. "Comparando caminhão com caminhão, nos Estados Unidos, transportar nossa produção custaria ARS19,5 bilhões a menos (US$1,2 bilhão). Com isso, podemos concluir que a Argentina é 70% mais cara. Nos Estados Unidos [contando com a produção em geral] gastaríamos 7 caminhões em cada 100", aponta.
Tradução: Izadora Pimenta