Petróleo cai mais de US$2 com negociações de cessar-fogo em Gaza e economia chinesa fraca

Publicado em 19/08/2024 16:30 e atualizado em 19/08/2024 17:07

Por Laila Kearney

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo caíram mais de 2 dólares o barril nesta segunda-feira, com a perspectiva de negociações de paz bem-sucedidas no Oriente Médio reduzindo os riscos de fornecimento, enquanto a fraqueza econômica da China, principal importadora de petróleo, ameaçava conter a demanda.

Os futuros do petróleo Brent fecharam a 77,66 dólares o barril, com queda de 2,02, ou 2,5%. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate dos Estados Unidos fecharam a 74,37 dólares o barril, com queda de 2,28 dólares, ou 3%.

"Este mercado está sob pressão devido às expectativas de que eles continuarão a insistir nas negociações de cessar-fogo", disse Bob Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho em Nova York.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse nesta segunda-feira que a mais recente iniciativa diplomática de Washington para chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza foi "provavelmente a melhor, talvez a última oportunidade" e implorou a todas as partes interessadas que finalizassem o acordo.

O gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que ele "reiterou o compromisso de Israel com a mais recente proposta norte-americana referente à libertação de nossos reféns, levando em consideração as necessidades de segurança de Israel".

"Grande parte das vendas da semana passada no complexo energético representou uma redução no prêmio de risco do Oriente Médio", disse Jim Ritterbusch, da Ritterbusch and Associates na Flórida.

Os problemas econômicos da China também pressionaram os preços do petróleo, com dados da semana passada mostrando que os preços de novas casas caíram no ritmo mais rápido em nove anos. As refinarias chinesas cortaram drasticamente as taxas de processamento de petróleo no mês passado em resposta à fraca demanda por combustível.

(Reportagem de Laila Kearney em Nova York, Paul Carsten e Alex Lawler em Londres, Yuka Obayashi em Tóquio e Colleen Howe em Pequim)

Fonte: Reuters

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