Milho tem 3ªfeira de altos e baixos no mercado físico brasileiro enquanto recua na B3

Publicado em 27/09/2022 17:00
Chicago sustenta altas apoiadas no atraso da colheita nos EUA

A terça-feira (27) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 89,09 e R$ 96,35. 

O vencimento novembro/22 foi cotado à R$ 89,09 com desvalorização de 0,80%, o janeiro/23 valeu R$ 93,33 com perda de 0,61%, o março/23 foi negociado por R$ 96,35 com baixa de 0,21% e o maio/23 teve valor de R$ 95,30 com queda de 0,31%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 dança conforme os interesses dos portos, que hoje giram entre R$ 90,00 e R$ 93,00, com chances de até R$ 94,00 para o janeiro. 

“Os preços não flutuam muito neste momento”, destaca Brandalizze. 

Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve muita volatilidade, com mais altas do que baixas. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT e Brasília/DF. Já as valorizações apareceram em Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP e Itapetininga/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o forte ritmo das exportações brasileiras junto ao expressivo avanço da moeda americana nesta 2ª feira (26) mantém o cereal comercializado em Campinas/SP próximo aos R$ 84,50/sc”. 

Mercado Externo 

Já a Bolsa de Chicago (CBOT), encerrou suas atividades desta terça-feira contabilizando movimentações levemente positivas para os preços internacionais do milho futuro. 

O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,67 com ganho de 1,25 pontos, o março/23 valeu US$ 6,72 com alta de 2,00 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,73 com elevação de 2,00 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,67 com valorização de 2,50 pontos. 

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira (26), de 0,15% para o dezembro/22, de 0,30% para o março/23, de 0,30% para o maio/23 e de 0,30% para o julho/23. 

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho se firmaram nesta terça-feira, mas reduziram os ganhos, já que um rali inicial nos mercados de ações de Wall Street vacilou. 

A publicação destaca que, os comerciantes estavam monitorando o conflito na Ucrânia, que interrompeu as exportações de grãos do Mar Negro, depois que um aliado do presidente Vladimir Putin emitiu um novo alerta nuclear para a Ucrânia e o Ocidente. 

“O 'prêmio nuclear' no mercado não durou muito, mas o fluxo global de dinheiro positivo para grãos e oleaginosas continua”, escreveu o economista-chefe de commodities da StoneX, Arlan Suderman, em nota a um cliente. 

A Reuters relata ainda que, os futuros de milho também atraíram apoio de um início lento para a colheita dos Estados Unidos, embora as previsões meteorológicas exigissem condições favoráveis de seca em grande parte do Centro-Oeste nesta semana, o que deve ajudar a avançar no trabalho de campo. 

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) disse na segunda-feira que a colheita de milho estava 12% concluída, abaixo da média de cinco anos de 14%. Mas as tendências nos mercados externos continuaram sendo um fator-chave para os futuros de grãos, devido aos temores de uma recessão global que poderia reduzir a demanda por bens. 

“Estamos um pouco famintos por notícias, e a colheita está apenas começando. Portanto, os macromercados estão dirigindo o ônibus”, disse Sterling Smith, diretor de pesquisa agrícola da AgriSompo América do Norte. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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