Apenas 8% das lavouras de milho estão em boas condições, de acordo com a Famasul

Publicado em 19/05/2021 14:37
Enquanto isso, preço médio da saca de milho subiu 140% em um ano

A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural seguindo o acompanhamento da safra e da comercialização da produção de milho no estado.  

De acordo com o levantamento, a projeção de área plantada para o milho 2ª safra 2020/2021 de Mato Grosso do Sul segue de 2,003 milhões de hectares, com aumento de 5,7% quando comparada com a área da safra 2019/2020, que foi 1,895 milhão de hectares. A produtividade ainda é estimada em de 75 sc/ha, gerando uma produção de 9,013 milhões de toneladas.

Apesar da manutenção das expectativas, a publicação destaca as dificuldades climáticas vividas no estado. “A semana passada foi marcada por estiagem em todo estado. De acordo com os modelos agroclimáticos o estado possui em média 40 dias de estiagem agrícola. Grande parte das lavouras começam a iniciar a fase de pendoamento, preocupando os produtores pela baixa disponibilidade hídrica no solo”, diz a Famasul.

Diante deste cenário, apenas 8% das lavouras foram avaliadas em boas condições, 85% são regulares e os outros 7% foram avaliadas como ruins.

O relatório explica que para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem elevada perda de potencial produtivo. Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade.

Enquanto isso, o preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul se desvalorizou 2,07% entre 10 a 17 de maio de 2021, encerrando o período negociado a R$ 94,63.

“A desvalorização nos preços do cereal na segunda semana de maio está em linha com o comportamento dos preços no mercado externo enquanto a taxa de câmbio contribui para limitar as quedas”, aponta a entidade.

Já no que diz respeito à todo o período de maio de 2021, houve valorização no preço médio do cereal, os R$ 94,63 de 17/05 superou em 1,07% o valor de R$ 93,63 do início de maio. No comparativo anual constata-se valorização de 140,83% do preço médio de maio de 2021 (R$ 95,73/sc) em relação ao valor médio de R$ 39,75/sc no mesmo período de 2020.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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