Diante da alta do trigo e com foco no clima nos EUA, milho volta a operar com leves altas na CBOT
Ao longo da sessão desta sexta-feira (16), os futuros do milho voltaram a testar o lado positivo da tabela na Bolsa de Chicago (CBOT). Às 12h32 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ganhos entre 1,25 e 2,00 pontos. O vencimento setembro/17 era cotado a US$ 3,89 por bushel, enquanto o dezembro/17 operava a US$ 3,99 por bushel.
O comportamento climático no Meio-Oeste dos Estados Unidos continua no radar dos participantes do mercado. "Os futuros do milho são um pouco mais baixos diante das previsões para mais chuvas em grande parte do Corn Belt na próxima semana", destacou o site internacional Farm Futures.
De acordo com o NOOA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos 8 a 14 dias, o Meio-Oeste americano terá temperaturas acima da média. Porém, as chuvas também deverão ficar acima da normalidade em algumas regiões.
Ainda nesta quinta-feira, a AgResource Brasil destacou que as lavouras de milho estão sofrendo com o stress climático no Corn Belt. "O milho tem enrolado as folhas sob sol a pino, sendo chuvas extremamente necessárias nos próximos 6-8 dias", reportou. E, por enquanto, as previsões climáticas ainda são divergentes.
Por outro lado, o trigo também tem influenciado as cotações do milho. As preocupações com o clima não só nos Estados Unidos, mas também em outras importantes regiões produtoras, como Ucrânia, União Europeia e Austrália, impulsionaram os preços do trigo em Chicago nesta quinta-feira.
"O desempenho do mercado do trigo também é decisivo para os preços do milho. Cerca de 15% da produção mundial de trigo vai para ração animal; na União Europeia este índice sobe para 40%. Daí a estreita ligação entre estes dois cereais", reportou a Granoeste Corretora de Cereais.
Nesta sexta-feira, as cotações do trigo operam em alta na Bolsa de Chicago. Por volta das 12h41 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam valorizações de mais de 11 pontos. O setembro/17 era cotado a US$ 4,80 por bushel e o dezembro/17 operava a US$ 5,02 por bushel.
BM&F Bovespa
Enquanto isso, na BM&F Bovespa as cotações do cereal operam próximas da estabilidade nesta sexta-feira (16), após o feriado de Corpus Christi comemorado nesta quinta-feira. Perto das 12h20 (horário de Brasília), o setembro/17, referência para a safrinha, exibia leve queda, de 0,11%, cotado a R$ 26,96 a saca.