Milho: Na CBOT, mercado recua nesta 2ª feira após ganhos da sessão anterior
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a semana em campo negativo. Por volta das 8h49 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam ligeiras quedas entre 1,75 e 2,00 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,85 por bushel.
O mercado recua após ter encerrado o pregão anterior do lado positivo da tabela. As cotações foram impulsionadas pelos números de vendas para exportação, divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Em uma semana, o volume de milho negociado para exportação aumentou 166% e atingiu o maior nível em sete anos no período de uma semana, totalizando 2.185,4 milhões de toneladas, até 15 de janeiro.
De acordo com informações do noticiário internacional, os investidores aproveitaram os preços, em patamares mais baixos, para garantir o abastecimento. Recentemente, o mercado tem sido pressionado pelo cenário fundamental, com a relação confortável entre a oferta e demanda. Além disso, a desvalorização dos preços do petróleo também impactam o mercado.
Nesta segunda-feira (26), o USDA deverá reportar novo boletim de embarques semanais, importante indicador de demanda.
Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:
Milho: Após semana volátil, preços fecham sessão em alta com suporte nos números de vendas para exportação
Após uma semana de intensa volatilidade, os preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram a sexta-feira (23) com leves ganhos. As principais posições do cereal exibiram valorizações entre 3,00 e 4,00 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,86 por bushel, depois de ter fechado a sessão anterior a US$ 3,83 por bushel. Na semana, os contratos acumularam ganhos entre 0,25% e 0,61%. Apenas a posição março/15, recuou 0,06%.
As cotações voltaram a subir impulsionadas pelo boletim de vendas para exportação, divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Até a semana encerrada no dia 15 de janeiro, as vendas de milho totalizaram 2.185,4 milhões de toneladas. O percentual ficou bem acima do registrado na semana anterior, de 818,7 mil toneladas, e da média das últimas quatro semanas.
Durante o período, destinos desconhecidos foram os principais compradores do produto norte-americano, com 483.700 mil toneladas. Em segundo lugar ficou o Japão, com 426.300 mil toneladas de milho adquiridas.
Ao longo do dia, o mercado caiu influenciado pelas informações das importações de milho por parte da China, conforme dados das agências internacionais. De acordo com dados da Administração Geral de Portos e Alfândegas do país, em dezembro de 2014, as importações do cereal somaram 607,201 mil toneladas. Volume que representa uma queda de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No total acumulado do ano, os compradores chineses adquiriram 2,598 milhões de toneladas, um recuo de 20,42% sobre o mesmo período de 2013. Paralelamente, o cenário fundamental continua sendo observado pelos investidores. Em meio ao cenário de oferta e demanda confortável nos EUA e as projeções indicando uma ampla produção mundial do grão, permanecem como fatores de pressão aos preços.
Nesta quinta-feira, o IGC (Conselho Internacional de Grãos) estimou a safra global em 992 milhões de toneladas na temporada 2014/15, um aumento de 10 milhões de toneladas.
Mercado interno
A semana foi de pressão aos preços do milho praticados no mercado interno. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Bitencourt Lopes, no Porto de Paranaguá, o preço recuou 3,36% nos últimos dias. Nesta sexta-feira, a saca era cotada a R$ 27,00, para entrega em agosto de 2015.
Na região de Tangará da Serra (MT), as cotações também recuaram em torno de 2,70%, com a saca negociada a R$ 18,00. Em Jataí (GO), os preços caíram 1,78% e a saca terminou a semana a R$ 22,10. Nas demais praças, a semana foi de estabilidade aos valores.
Segundo explicam os analistas, o avanço da colheita, com a maior disponibilidade do produto, acaba pesando sobre os preços do cereal. Além disso, a desvalorização recente do dólar e também no mercado internacional contribuem para exercer uma pressão negativa nas cotações nesse momento.
Contudo, o clima seco e as altas temperaturas, em muitas localidades do país, preocupam os produtores. Principalmente, nos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Goiás, as chuvas permanecem irregulares, o que afeta o potencial produtivo das plantações. Em relação à safrinha, com o atraso no plantio da soja, a janela ideal de cultivo do grão é bastante estreita.
Essa semana, o site internacional Agrimoney reportou que a área da safrinha poderá recuar até 10%. O analista internacional, Ph. D. em agronomia, Michael Cordonier, explica que, com os preços mais baixos e as adversidades climáticas, são fatores que desestimularam os produtores brasileiros. A perspectiva é que a área cultivada com o grão fique abaixo de 9,2 milhões de hectares, indicados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Do lado fundamental, os estoques ainda são elevados, variável que também impede uma recuperação nos preços, conforme destacam os analistas. Já as exportações, somaram 1.999,9 milhão de toneladas até a terceira semana de janeiro. O volume representa um crescimento de 17,5% em comparação com o mesmo período de dezembro de 2014. Já em relação ao mesmo período do ano anterior, o avanço é de 36,7%.
BM&F Bovespa
Os preços futuros do milho negociados na BM&F Bovespa caíram pelo 4º dia consecutivo. Os principais contratos do cereal exibiram perdas entre 0,53% e 1,81% no pregão desta sexta-feira (23). A posição março/15 era cotada a R$ 28,25 a saca.
Apesar da alta do dólar observada nesta sexta-feira, a recente desvalorização do câmbio e também no mercado internacional, pressionam os preços. Hoje, a moeda norte-americana terminou a sessão a R$ 2,5889 na venda, com ganho de 0,56%, mas abaixo do patamar de R$ 2,60, patamar que vinha limitando as perdas.