Pelo USDA, em 2021 Brasil pode voltar a ser o 2º maior produtor mundial de carne de frango
Como tem feito periodicamente, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) acaba de publicar novos estudos sobre as tendências mundiais de produção da carne de frango em 2021, em um grupo de países selecionados pelo órgão. E como agora projeta um volume menor que o previsto em abril passado, o volume produzido mundialmente no corrente exercício tende a registrar expansão anual mínima: pouco mais de dois décimos por cento em relação a 2020.
Em comparação às projeções de abril, quatro países tendem no momento a alguma redução. Entre eles os EUA, mas em níveis marginais (-0,21%). Ou seja: a queda de 1,02% em relação às previsões anteriores pode ser determinada, principalmente, pela China (-6,67%). África do Sul e Filipinas completam o bloco , mas com efeitos menores no total mundial.
Para o USDA, a perspectiva de uma redução chinesa (não só em comparação à estimativa anterior, mas também a 2020) está relacionada à recuperação do rebanho suíno e ao decréscimo de preço da carne suína no mercado chinês. Daí a projeção de uma produção de carne de frango mais de 4% inferior à de 2020, ano em que o país produziu 14,6 milhões de toneladas de carne de frango.
Se essa projeção se confirmar, o Brasil – que nos últimos dois anos perdeu a posição para a China – volta a se colocar como segundo produtor mundial de carne de frango, atrás apenas dos EUA.
A propósito, observa-se que embora o índice de expansão previsto para a produção brasileira seja pouco significativo (apenas 1,95% a mais que em 2020), o incremento mais robusto é o do Brasil, pois equivale a um aumento de produção de 270 mil toneladas, contra somente 41 mil toneladas a mais que os EUA ou, ainda, 600 mil toneladas a menos da China. E, nessa expansão, quem mais se aproxima do aumento adicional brasileiro é a Tailândia, cujo crescimento de 2,77% irá representar quase 100 mil toneladas a mais que em 2020.
É oportuno esclarecer que, nesta mais recente previsão, a seleção do USDA acabou abrangendo países com produção menos representativa. Caso, por exemplo, da Arábia Saudita, relacionada na tabela abaixo na10ª posição. Assim, ficaram ausentes do rol produtores como Rússia (previsão de 4,7 milhões de toneladas em 2021), Argentina (2,2 milhões de toneladas) e Turquia (2,160 milhões de toneladas).