Exportações de carnes pela China deve ultrapassar 6 milhões de toneladas até 2020, estima Rabobank

Publicado em 02/05/2017 12:20

O relatório mais recente do Rabobank, "China's Animal Protein Outlook to 2020', estimou que a China continuará no topo da lista de importadores globais de carnes e, deverá puxar o crescimento do mercado internacional nos próximos anos. A elevação de renda da população chinesa direciona os consumidores a produtos de maior valor agregado, especialmente as carnes.

O Rabobank prevê que as importações totais de carnes da China continental ultrapassem 6 milhões de toneladas em 2020, sendo a carne bovina brasileira um dos principais beneficiários desse crescimento.

O Brasil deverá ocupar grande fatia do crescimento previsto em quase 1 milhão de toneladas adicionais nas importações de carne bovina pela China. "O fato é que a China tem uma escassez estrutural para a produção de bovinos", diz o banco.

Estima-se que em 2020 o Brasil possa exportar cerca de 2 milhões de toneladas ano ao país asiático. Um mercado potencial que representa mais de 50% das exportações totais do Brasil.

Mas, o banco também destaca que outros exportadores, do mesmo modo, estão de olho no mercado chinês. A Austrália deverá elevar sua competitividade, visto que o acordo de livre comércio entre os dois países (ChAFTA) reduzirá gradativamente as tarifas de comércio nos próximos nove anos.

Além da Austrália, os Estados Unidos também está negociando acesso direto ao mercado da China, que hoje ainda é focado em Hong Kong.

"De fato, o aumento de competitividade poderá causar impactos não só em volumes, mas também em relação aos preços médios", destaca o relatório.

Além disso, o Rabobank ressalta a necessidade de estar atento as exigências do mercado chinês. Na carne bovina, por exemplo, o produto brasileiro é voltado como ingrediente industrial ou por mercados de menor valor agregado. Já "os concorrentes do Brasil têm foco em canais de venda mais próximos do consumidor final", por isso, definir um posicionamento estratégico de longo prazo será fundamental para evolução do mercado nacional.

Por: Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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