Café: Cotações do arábica seguem movimento de ajuste e fecham sessões desta 4ª feira com leve alta em NY
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quarta-feira (7) com leve alta e estenderam os ganhos registrados na véspera. O mercado do grão reage tecnicamente após ficar em baixa por várias sessões seguidas e ficar abaixo do patamar de US$ 1,20 por libra-peso. Informações de agências internacionais também apontam a maior atuação de investidores no mercado.
Os lotes com vencimento para março/18 fecharam a sessão de hoje cotados a 123,30 cents/lb com alta de 45 pontos, o maio/18 registrou 125,45 cents/lb com avanço de 40 pontos. Já o contrato julho/18 encerrou o dia com 127,70 cents/lb e valorização de 30 pontos, enquanto que o setembro/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 130,05 cents/lb com avanço de 30 pontos. Essa é a segunda alta seguida.
Depois de dias de queda, com cotações chegando a ficar abaixo de US$ 1,20/lb, o arábica testou reação na véspera e chegou ao maior rally em cinco semanas. Além disso, investidores também atuam no mercado, segundo informações da Reuters internacional. Participantes desde ontem cobrem posições vendidas após a queda dos índices de ações dos Estados Unidos.
Do lado fundamental, negativamente, seguem repercutindo entre os operadores as informações de melhores condições de produção no Brasil na safra 2018/19, assim como, positivamente, dá suporte ao mercado a divulgação de queda nos últimos doze meses na colheita colombiana, segundo maior produtor da variedade, de acordo com dados reportados pela Federação Nacional de Cafeicultores (Fedecafe).
A queda na produção da Colômbia, segundo informativa da Fedecafe, foi motivada pelas condições climáticas adversas para a produção no país. Segundo a trader I&M Smith, essa baixa na produção colombiana, assim como os menores volumes exportados, normalmente, seriam favoráveis às cotações se não fossem ofuscadas pelas melhores perspectivas de produção do Brasil.
Mercado interno
Os negócios com café nas praças de comercialização do Brasil seguem lentos e a previsão, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), é de que maiores volumes do grão sejam negociados apenas nos próximos meses com a necessidade de "fazer caixa" para a colheita da nova safra, que começa nos meses finais do primeiro semestre.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 483,00 e alta de 0,63%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Lajinha (MG) com alta de 2,17% e saca a R$ 470,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 472,00 e alta de 0,85%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Franca (SP) com recuo de 3,16% e saca a R$ 460,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 455,00 e queda de 1,09%. A maior oscilação no dia foi registrada no Oeste da Bahia com avanço de 2,31% e saca a R$ 442,50.
Na quarta-feira (6), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 442,67 e alta de 0,54%.