Café: Bolsa de Nova York tem leve baixa nesta 4ª e completa terceira sessão seguida no vermelho

Publicado em 31/01/2018 16:52

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (31) com leve baixa. O mercado externo segue em acomodação técnica depois das altas recentes e de se aproximar do patamar de US$ 1,30 por libra-peso, mas o câmbio e as informações otimistas sobre a safra 2018/19 do Brasil também repercutem.

Os lotes com vencimento para março/18 fecharam a sessão de hoje cotado a 121,85 cents/lb com queda de 45 pontos, o maio/18 registrou 124,20 cents/lb com recuo de 45 pontos. Já o contrato julho/18 encerrou o dia com 126,55 cents/lb e desvalorização de 50 pontos enquanto o setembro/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 128,95 cents/lb com baixa de 45 pontos.

Pela terceira sessão consecutiva, as cotações do arábica fecharam em baixa. Após altas recentes que fizeram com que os principais vencimentos se aproximassem de US$ 1,30/lb um movimento corretivo passou a ser visto e teve continuidade nesta quarta. O mercado chegou a trabalhar em alta durante parte do dia, mas a queda acabou prevalecendo também com pressão do câmbio.

"Os futuros ficaram ligeiramente mais baixos com negociações especulativas ligadas à força do dólar americano. Os gráficos apresentam uma tendência lateralizada no momento e os especuladores permanecem muito vendidos e pode querer reduzir parte dessas posições", disse em relatório o analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

O dólar comercial fechou a sessão desta quarta-feira próximo da estabilidade, cotado a R$ 3,1803 na venda, e alta de 0,01%. Na véspera, a divisa teve alta próxima de 0,50% acompanhando o exterior. A moeda mais alta tende e encorajar as exportações da commodity pelo Brasil já que as transações são feitas em dólar.

Informações de agências internacionais de notícias também dão conta que operadores no terminal externo seguem atentos às informações da safra 2018/19 do Brasil. "Esperamos uma safra recorde no Brasil, a questão é saber seu tamanho", disse um negociante. "Então, isso é mais baixista - mas, ao mesmo tempo, os fundos têm uma posição recorde vendida no mercado". As informações são da Reuters internacional.

De acordo com o modelo Cosmo do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) são previstas chuvas volumosas nos próximos dias em Minas Gerais, maior estado produtor do grão. Também devem ocorrer precipitações ao longo da semana no Espírito Santo, Rondônia e Paraná nos próximos dias.

Mercado interno

Os negócios seguem lentos no Brasil com expectativa de boa produção na safra 2018/19, segundo destaca o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP). " Colaboradores do Cepea acreditam que produtores devem voltar a demonstrar interesse em negociar maiores volumes de café apenas nos próximos meses, devido à possível necessidade de "fazer caixa" para a colheita da nova safra", disse o órgão.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 480,00 – estável. Não houve oscilação dentre as praças no dia.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 461,00 – estável. Não houve oscilação dentre as praças no dia.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) (estável) e Franca (SP) (estável), ambas com saca a R$ 450,00. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu no Oeste da Bahia com queda de 2,27% e saca a R$ 430,00.

Na terça-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 442,06 e queda de 0,41%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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