Café: Bolsa de Nova York avança mais de 100 pts nesta 4ª feira com câmbio e chuvas na Colômbia
Depois de ajustes técnicos durante parte do dia, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (24) com alta de mais de 100 pontos. Depois de otimismo com a safra brasileira, o mercado passou a ter suporte nas informações sobre as chuvas na Colômbia e também diante de um dólar menos valorizado no Brasil.
O vencimento março/18 fechou a sessão de hoje cotado a 122,50 cents/lb com alta de 155 pontos, o maio/18 registrou 124,90 cents/lb com avanço de 150 pontos. Já o contrato julho/18 encerrou o dia com 127,30 cents/lb e valorização de 155 pontos e o setembro/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 129,70 cents/lb com 155 pontos positivos.
O mercado do arábica na ICE iniciou o dia em baixa ainda repercutindo as informações sobre possibilidade de safra recorde no país. No entanto, passou a subir durante a tarde em acomodação técnica e com suporte das informações sobre chuvas afetando a colheita na Colômbia, segundo maior país produtor da variedade e com oscilações cambiais importantes.
O dólar no Brasil despencou 2,44%, fechando o dia cotado a R$ 3,1590 na venda. Menor patamar desde 13 de outubro com investidores apostando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está mais longe da corrida presidencial. A moeda menos valorizada tende a desencorajar as exportações da commodity e, consequentemente, os preços externos tendem a subir.
Apesar da alta, a tendência continua baixista para o mercado, segundo o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville. "Comerciantes estão notando o bom tempo sendo relatado no Brasil e esperam outra grande safra. Estas ideias tem o apoio na estimativa da Conab que veio maior do que o esperado pelo mercado e foi muito em linha de muitas estimativas privadas".
Ainda de acordo com o analista, em relatório, também repercutem informações no mercado que apontam para baixa produção em áreas de América Central e América do Sul devido ao baixo investimento dos produtores. Ainda assim, segundo agências internacionais, as informações da safra brasileira devem manter os preços pressionados ou limitar recuperação.
Mercado interno
As praças de comercialização do Brasil seguem com negócios isoladas. Os preços dos principais tipos no mercado brasileiro também não exibem mudanças expressivas de patamar, o que prejudica ainda mais um aquecimento das transações. Em nota, Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), reforçou a perspectiva de safra alta neste ano no Brasil.
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O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Patrocínio (MG) com saca a R$ 485,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com queda de 2,08% e saca a R$ 470,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 460,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com queda de 1,10% e saca a R$ 450,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 460,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas ocorreu em Guaxupé (MG) com alta de 1,15% e saca a R$ 440,00.
Na terça-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 443,62 e queda de 0,47%.