Café: Bolsa de Nova York sobe mais de 150 pts na sessão desta 4ª depois de sete quedas seguidas

Publicado em 13/12/2017 16:59

Em um processo de ajustes, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quarta-feira (13) com alta de mais de 150 pontos. O mercado se acomoda tecnicamente depois de perder o patamar de US$ 1,20 por libra-peso nos principais vencimentos depois de sete quedas consecutivas e repercute as exportações brasileiras. Ainda assim, operadores seguem de olho na safra 2018/19.

Os lotes com vencimento para dezembro/17 fecharam a sessão de hoje cotados a 118,95 cents/lb com alta de 190 pontos, o março/18 registrou 120,05 cents/lb com avanço de 160 pontos. Já o contrato maio/18 encerrou o dia com 122,25 cents/lb e valorização de 160 pontos e o julho/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 124,50 cents/lb e 155 pontos de alta.

As vendas por parte dos fundos cessaram na sessão desta quarta-feira, segundo reportam agências internacionais, favorecendo uma recuperação do mercado do arábica na ICE depois de sete sessões no vermelho. Os preços externos do grão ficaram abaixo de US$ 1,20/lb nos vencimentos mais próximos nos últimos dias. Além disso, a Reuters internacional reporta que os dados exportação também favoreceram o mercado.

O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) informou na terça-feira que as exportações de café do Brasil totalizaram 2,78 milhões de sacas de 60 kg em novembro, com receita cambial chegando a US$ 460,6 milhões e o preço médio em US$ 165,34. Em termos de volume embarcado, houve uma queda de cerca de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior.

"O mercado de exportação de café segue dentro do previsto. Os embarques apresentam números dentro do esperado e devem finalizar o ano civil com 30/31 milhões de sacas. O primeiro semestre de 2018 não deve apresentar surpresas, com a performance da exportação brasileira seguindo tranquila", afirma o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.

Apesar da alta técnica, operadores no mercado seguem acompanhando a evolução da safra 2018/19 no Brasil. Fortes chuvas seguem sendo registradas na maior parte das origens produtoras de café do país. A Somar Meteorologia, no entanto prevê calor e apenas pancadas de chuvas nos próximos dias sobre o cinturão brasileiro.

"As chuvas, se continuarem em janeiro e fevereiro, farão com que o Brasil colha uma boa safra de ciclo alto, mas que não chegará perto dos números sonhados pelos compradores. No próximo ano-safra apenas para o consumo interno precisaremos de 22 milhões de sacas. Não teremos produção suficiente para repetirmos na exportação os números de 2016 e muito menos os de 2015. A safra de 2019 será de ciclo baixo", disse em informativo o Escritório Carvalhaes.

Mercado interno

Os negócios com café seguem lentos nas praças de comercialização do Brasil. "Após consecutivas desvalorizações, agentes deixaram o mercado, travando as negociações... O principal fator que deve limitar as negociações em dezembro é a questão fiscal, devido ao imposto de renda, que tende a manter produtores afastados do mercado no restante do mês", reportou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP)

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca cotada a R$ 500,00 – estável. A maior variação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com queda de 2,08% e saca a R$ 470,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 462,00 e alta de 0,22%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 460,00 – estável. A maior variação no dia dentre praças ocorreu em Lajinha (MG) com queda de 2,22% e saca a R$ 440,00.

Na terça-feira (12), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 440,83 e baixa de 1,07%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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