Café: Bolsa de Nova York fecha sessão desta 3ª feira com queda de 50 pts após forte alta na véspera
Em ajustes técnicos, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta terça-feira (21) com leve baixa após chegarem a estender os ganhos da véspera pela manhã. Apesar da queda, os principais vencimentos seguem próximos do patamar de US$ 1,45 por libra-peso.
O contrato março/17 encerrou o dia cotado a 143,50 cents/lb com 50 pontos de baixa, o maio/17, referência de mercado, anotou 144,75 cents/lb também com desvalorização de 50 pontos. Já o vencimento julho/17 encerrou o dia com 147,10 cents/lb com recuo de 50 pontos e o setembro/17, mais distante, caiu 45 pontos, fechando a 149,45 cents/lb.
Após a forte oscilação registrada na segunda, o mercado do arábica voltou a trabalhar próximo da estabilidade "em uma sessão caracterizada pela calma e sem novidades", disse em relatório o analista da Origem Corretora, Anilton Machado.
"A abertura das negociações foi com pequena retração, mas logo os compradores começaram a apresentar suas atividades. No entanto, o fôlego não foi dos mais efetivos", afirma o analista. Com isso, liquidações foram presenciadas no mercado.
O câmbio, que repercutiu no mercado nos últimos dias, também contribuiu para a baixa nos preços externos do grão nesta terça-feira. O dólar comercial avançou 0,60%, cotado a R$ 3,0900 na venda, com o fluxo comprador atraído pelo nível baixo de preço e aversão ao risco. As informações são da Reuters. A divisa mais alta encoraja as exportações da commodity e os preços tendem a recuar.
"A moeda caiu quase 10 centavos de real nos últimos dias. É natural que ao encostar em 3,05 reais a moeda atraia compradores", explicou à agência de notícias Reuters o sócio da Omnix Corretora, Vanderlei Muniz.
Na véspera, o clima ajudou a dar suporte às cotações do arábica. No fim de semana choveu em algumas áreas produtoras, mas os volumes foram irregulares. Nos próximos dias, a instabilidade deve continuar sobre o cinturão produtivo, porém ainda com baixos volumes acumulados.
Mercado interno
Diante da queda externa e da baixa oscilação do dólar, os negócios com café seguiram isolados nas praças de comercialização do Brasil. Os preços ofertados pelo café no país estão distantes do desejo do produtor, uma vez que o mesmo conseguiu negociar sua produção a patamares mais altos nos últimos meses.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação no dia em Poços de Caldas (MG) com R$ 532,00 a saca e alta de 0,19%. Foi a maior oscilação no dia.
O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com 548,00 a saca – estável. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Franca (SP) que teve valorização de 2,00% e saca a R$ 510,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Patrocínio (MG) com saca a R$ 505,00 e alta de 1,00%. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca (SP) com alta de 2,04% e saca a R$ 500,00.
Na segunda-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 489,94 com alta de 0,25%.