Café: Bolsa de Nova York demonstra força técnica e fecha sessão desta 2ª feira com alta de 100 pts

Publicado em 13/03/2017 17:30

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta segunda-feira (13) em alta após oscilarem dos dois lados da tabela. O mercado caiu durante o dia diante de uma maior tranquilidade por parte dos envolvidos de mercado com a oferta global de café, mas voltou a subir em ajustes técnicos depois de alguns vencimentos ficarem abaixo do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.

O contrato março/17 encerrou o dia cotado a 140,50 cents/lb com 85 pontos de alta, o maio/17, referência de mercado, anotou 142,35 cents/lb com valorização de 100 pontos. Já o vencimento julho/17 encerrou o dia a 144,70 cents/lb com avanço de 100 pontos e o setembro/17, mais distante, subiu 95 pontos, a 146,95 cents/lb. Essa é a segunda sessão consecutiva de alta.

O mercado seguiu durante toda a sessão o mesmo direcionamento dos últimos dias. Ainda sem novidades fundamentais, os preços chegaram a cair 200 pontos, mas voltaram a subir demonstrando força técnica. "Após subir, o mercado está acusando uma sensação de tranquilidade do comprador com a safra do Brasil sendo corrigida para cima e a expectativa de mais café no mercado neste ano", afirmou a tarde o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach.

Os fundos de investimento também ajustaram suas posições na sessão diante dessa melhora na visão dos operadores com o mercado no curto-prazo. De acordo com a agência de notícias Reuters, quando o mercado esboçou recuperação, vendas baseadas em indicadores gráficos foram estimuladas e o campo positivo prevaleceu. "O suporte técnico sofreu um desgaste depois que os futuros caíram abaixo da chave nível psicológico de US$ 1,40/lb", reportou.

Assim como nos últimos dias, o câmbio também chegou a repercutir no mercado durante o dia. O dólar comercial subiu 0,28%, cotado a R$ 3,1522 na venda, ainda diante expectativa com a divulgação do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, dos juros no país e o cenário político interno. O dólar mais alto em relação ao real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity.

"O mercado ficou meio parado hoje... O temor é o Fed sinalizar mais do que três altas de juros", afirmou à Reuters o sócio da Omnix Corretora, Vanderlei Muniz.

Mercado interno

Os negócios com café seguiram lentos durante o dia nas principais praças de comercialização do Brasil diante da falta de sincronia entre o valor ofertado, que está mais baixo em relação aos últimos dias diante das quedas externas, e o que espera o vendedor. "Há uma distancia maior entre as pontas [compradora e vendedora] e isso faz com que o mercado tenha pouca liquidez", diz Barabach.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação no dia em Espírito Santo do Pinhal (MG) com R$ 540,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com R$ 526,00 a saca e alta de 2,33%.

O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Varginha (MG) com 515,00 a saca – estável. A oscilação mais expressiva no dia dentre as praças também ocorreu em Guaxupé (MG) com recuo de 4,34% e saca a R$ 507,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com saca cotada a R$ 500,00 – estável. A maior variação no dia ocorreu em Guaxupé (MG) com alta de 3,39% e saca a R$ 488,00.

Na sexta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 491,75 com alta de 0,15%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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