Café: Bolsa de Nova York cai até 200 pts nesta tarde de 2ª feira com menor preocupação com a oferta

Publicado em 13/03/2017 12:41

Após iniciarem o dia em alta, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de mais de 200 pontos nesta tarde de segunda-feira (13) diante de uma sensação de maior tranquilidade por parte dos envolvidos de mercado com a oferta global de café neste ano. Com essa queda, os vencimentos mais próximos já estão abaixo do patamar do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.

Por volta das 12h22 (horário de Brasília), o contrato março/17 anotava 137,45 cents/lb com 220 pontos de queda, o maio/17, referência de mercado, registrava 139,25 cents/lb com recuo de 210 pontos. Já o vencimento julho/17 estava cotado a 141,65 cents/lb com desvalorização de 205 pontos e o setembro/17, mais distante, tinha perdas de 205 pontos, a 143,95 cents/lb.

"Após subir, o mercado está acusando uma sensação de tranquilidade do comprador com a safra do Brasil sendo corrigida para cima e a expectativa de mais café no mercado neste ano", afirma o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach. Os fundos também se ajustam na sessão diante dessa melhora na visão dos operadores com o mercado no curto-prazo.

Na última semana, o mercado do arábica na ICE seguiu sem muitas novidades fundamentais, oscilando principalmente de olho no câmbio e indicadores técnicos, mas os operadores estiveram de olho no clima no Brasil, maior produtor da commodity no mundo, e em informações sobre a produção na Colômbia.

Às 10h39, o dólar comercial operava com alta de 0,40%, cotado a R$ 3,1554 na venda, ainda diante expectativa com da divulgação do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, dos juros no país e o cenário político interno. O dólar mais alto em relação ao real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity.

No Brasil, também por volta das 09h21,o tipo 6 duro era negociado a R$ 486,00 a saca de 60 kg em Poços de Caldas (MG) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 472,00 a saca e em Espírito Santo do Pinhal (SP) estava sendo cotado a R$ 500,00 a saca. Os negócios seguem isolados no país.

"Há uma distancia maior entre as pontas [compradora e vendedora] e isso faz com que o mercado tenha pouca liquidez", diz Barabach.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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