Café: Bolsa de Nova York trabalha sem direcionamento nesta tarde de 5ª após cair 100 pts na véspera
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) trabalham sem direcionamento definido nesta tarde de quinta-feira (23). O mercado realiza ajustes técnicos após demonstrar fraqueza técnica para avançar acima do patamar de US$ 1,55 por libra-peso, mas também acompanha o câmbio e informações sobre o cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo.
Por volta das 13h (horário de Brasília), o contrato março/17 anotava 149,25 cents/lb com 5 pontos de alta, o maio/17 registrava 150,85 cents/lb com desvalorização de 5 pontos. Já o vencimento julho/17 estava cotado a 153,15 cents/lb com recuo de 5 pontos e o setembro/17, mais distante, também caía 5 pontos, a 155,40 cents/lb. Na véspera, as cotações da variedade caíram cerca de 100 pontos.
Pela manhã, as cotações do arábica chegaram a subir e recuperavam parte das perdas de quarta-feira (22). "Bolsas para café de Nova York e Londres operam distintas. Nova York sobe e Londres cai com operadores de olho no Brasil", disse pela manhã o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, em seu boletim diário Dia a Dia no campo.
Por volta das 13h15, o dólar comercial caía 0,08%, cotado a R$ 3,0678 na venda, ainda à espera do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, em uma definição sobre aumento na taxa de juros do país. As oscilações do dólar impactam diretamente nas exportações da commodity e consequentemente nos preços do grão.
O mercado tem ainda suporte das condições climáticas no Brasil. "As condições devem continuar secas nesta semana, mas chuvas previstas no período de 6 a 10 dias devem proporcionar algum alívio nos próximos dias", disse à Reuters o serviço de meteorologia norte-americano MDA Information Systems.
No Brasil, também por volta das 09h24,o tipo 6 duro era negociado a R$ 497,00 a saca de 60 kg em Poços de Caldas (MG) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 517,00 a saca e em Varginha (MG) estava sendo cotado a R$ 505,00 a saca.
"Mercado interno do café tem dia de poucos negócios e grandes emoções. Paralisações param rodovias no Espírito Santo e Bahia", disse ontem (22) Marcus Magalhães. Essas manifestações eram motivadas pela possibilidade do Brasil importar café robusta do Vietnã. O presidente Michel Temer, no entanto, suspendeu provisoriamente a medida que seria inédita na história do país.