Café: Bolsa de Nova York cai mais de 300 pts nesta tarde de 3ª e março/17 perde patamar de US$ 1,50/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de mais de 300 pontos nesta tarde de terça-feira (31) e estendem as perdas registradas na semana passada. Com esse recuo, o vencimento março/17, referência de mercado, já perdeu o patamar de US$ 1,50 por libra-peso. As cotações da variedade repercutem a melhora no clima do cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo, e o câmbio, que impacta nos embarques do grão.
Por volta das 13h17, horário de Brasília, o contrato março/17 registrava 148,20 cents/lb com 295 pontos de baixa, o maio/17 anotava 150,70 cents/lb com 300 pontos de desvalorização. Já o vencimento julho/17 estava cotado a 153,00 cents/lb com recuo de 305 pontos e o setembro/17, mais distante, também operava com perdas de 305 pontos a 155,25 cents/lb. Na véspera, os principais vencimentos perderam cerca de 150 pontos.
O clima melhorou em muitas áreas de produção do grão no país no últimos dias. Mapas climáticos apontam que para os próximos três dias a previsão é de média de cerca de 10 milímetros no Paraná, São Paulo, Sul de Minas Gerais e Sul do Espírito Santo. Há potencial de granizo nos estados de São Paulo e Paraná nesse período. "O robusta continua morrendo por conta do clima neste momento, enquanto que para o arábica a perspectiva é favorável", disse a analista Michaela Kuhl, do Rabobank, à Reuters.
"Pelas previsões existe um aumento de nebulosidade para os próximos dias. Ao que parece, as chuvas chegarão depois do dia 8 ou 10, mas até lá deverá haver um aumento gradual da nebulosidade", disse pela manhã o analista de mercado da Maros Corretora, em Vitória (ES), Marcus Magalhães. "A "trocação" de cabeça em cima do Donald Trump, nos Estados Unidos, realmente vem deixando o mundo de cabelo em pé e isso faz com que os mercados de renda variável fique sem forças", explica.
Às 12h10, o dólar comercial subia 0,28%, vendido a R$ 3,1364, com operadores acompanhando o mercado externo e o leilão de linha anunciado pelo Banco Central. O dólar mais alto tende a dar maior competitividade às exportações e faz com que os preços externos do grão recuem.
No Brasil, por volta das 09h55, o tipo 6 duro era negociado a R$ 530,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 521,00 a saca e em Varginha (MG) estava sendo cotado a R$ 525,00 a saca. Apesar dos preços acima de R$ 500,00, patamar interessante para o produtor, os negócios seguem limitados nas praças de comercialização do país.