Polícia Federal indicia 14 pessoas por fraude no Pronaf no RS
A Polícia Federal indiciou 14 pessoas por suposta participação em um golpe que lesou milhares de agricultores no Vale do Rio Pardo. A investigação aponta que quase 6 mil pessoas foram prejudicadas por supostos desvios de verba do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar do governo federal (Pronaf). Juntos, eles podem ter tido um prejuízo de até R$ 10 milhões.
Segundo a PF, os trabalhadores faziam o financiamento através do Pronaf, utilizando a Associação Santa-Cruzense dos Agricultores e Camponeses (Aspac) para intermediar a ação em duas agências do Banco do Brasil na região. Parte dos financiamentos liberados era desviada para contas pessoais de membros da Aspac e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), indicam as apurações. A situação fazia os produtores assumirem as dívidas.
Foram indiciados oito funcionários do Banco do Brasil em Santa Cruz do Sul e Sinimbu, além de outras pessoas que têm ligação com a Aspac. Entre eles está o ex-presidente da entidade e vereador pelo PT, Wilson Rabuske, apontado pelo delegado federal Luciano Flores de Lima como articulador da fraude.
"Com o conhecimento dele, e sob as ordens dele, estavam havendo esses desvios das contas dos agricultores para a conta da Aspac de Santa Cruiz do Sul e de Sinimbu", disse Lima.
Rabuske disse que só vai se manifestar depois que tiver acesso ao inquérito. O Banco do Brasil informou que não pode se pronunciar porque não tomou conhecimento oficial do resultado da investigação.
Dezenas de pessoas já entraram com ações na Justiça pedindo o fim da cobrança dos empréstimos. Alguns tiveram o nome retirado do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
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