Pesquisa Mensal de Emprego – Fonte IBGE

Publicado em 28/12/2009 08:16
Base: Novembro de 2009

Em novembro, desocupação foi de 7,4%

 

A taxa de desocupação de 7,4% em novembro, estimada pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME)1, não apresentou variação estatisticamente significativa nem em relação à de outubro (7,5%), nem face à de novembro de 2008 (7,6%). O quadro de estabilidade em ambas as comparações foi verificado também para a população desocupada (1,7 milhão de pessoas) e a população ocupada (21,6 milhões).

 

Analisando a ocupação por grupamentos de atividade, verificou-se estabilidade na comparação com outubro e, em relação a novembro do ano passado, houve variação significativa apenas nos serviços prestados às empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (3,9%). O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (9,6 milhões) também não se alterou nem em relação a outubro deste ano, nem em relação a novembro de 2008.

 

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.353,60 em novembro) não apresentou alteração na comparação mensal e aumentou 2,2% em relação a novembro de 2008. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 29,4 bilhões) aumentou 0,5% no mês e 3,2% no ano.

 

PESSOAS DESOCUPADAS2

 

O contingente de desocupados (1,7 milhão de pessoas) manteve-se estável para o total das seis áreas investigadas pela PME, tanto em relação a outubro de 2009 quanto em relação a novembro de 2008. Na análise regional, houve variação significativa apenas no Rio de Janeiro (-20,8%), na comparação com novembro de 2008.

 

PESSOAS OCUPADAS

 

O contingente de ocupados no agregado das seis regiões metropolitanas (21,6 milhões) também ficou estável tanto na comparação com outubro quanto em relação a novembro de 2008. Dentre as regiões metropolitanas, houve variação significativa apenas em Salvador, onde a população ocupada cresceu 3,6% na comparação anual.

 

Forma de inserção do trabalhador:

 

Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado (44,5% da PO). Estabilidade no mês e no ano. Regionalmente houve aumento em Salvador (5,6%), na comparação anual.

 

Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado12,8% da PO).Estabilidade no mês e no ano. No contorno regional, em relação a novembro do ano passado, queda em Salvador (-16,7%).

 

Militares ou funcionários públicos estatutários(7,5% da PO).Estabilidade no mês e no ano em todas as regiões pesquisadas.

 

Trabalhadores por conta própria (19,1% da PO).Estabilidade em ambos os períodosde comparação. Na comparação anual, alta em Salvador (15,6%).

 

RENDIMENTO REAL MÉDIO3

 

Em novembro, para o agregado das seis regiões, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores era de R$ 1.353,60, mantendo-se estável em relação a outubro (R$ 1.354,74) e apresentando elevação de 2,2% em relação a novembro de 2008 (R$ 1.324,67).

 

Em relação ao mês anterior, houve quedas no rendimento em Recife (-1,3%), Salvador (-4,4%) e Rio de Janeiro (-1,1%) e aumentos em São Paulo (1,0%) e Porto Alegre (1,3%). Frente a novembro de 2008, houve redução no rendimento de Recife (-1,7%) e aumentos em Salvador (0,4%), Belo Horizonte (2,4%), Rio de Janeiro (0,8%), São Paulo (3,0%) e Porto Alegre (6,3%).

 

RENDIMENTO MÉDIO DOMICILIAR PER CAPITA

 

Em novembro de 2009, para o agregado das seis regiões, o rendimento médio real domiciliar per capita foi de R$ 897,11, o que representou acréscimo de 0,9% na comparação com outubro e de 4,9% em relação a novembro de 2008. As variações nas comparações mensal e anual estão na tabela abaixo.

 

MASSA DE RENDIMENTO REAL EFETIVO DA POPULAÇÃO OCUPADA4

 

Segundo a PME de novembro, em outubro, a massa de rendimento real efetivo da população ocupada foi estimada em R$ 29,4 bilhões, revelando acréscimo de 0,5% em relação a setembro e de 3,2% na comparação com outubro de 2008.

 

Notas:

 

1 A PME abrange as zonas urbanas de seis regiões metropolitanas brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.

 

2 Que não estavam trabalhando, estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência e tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos 30 dias anteriores à semana em que responderam à pesquisa.

 

3 Rendimento habitualmente recebido. O deflator utilizado para cada área é o Índice de Preços ao Consumidor (INPC) da respectiva região metropolitana. Para o rendimento do conjunto das seis regiões metropolitanas, o deflator é a média ponderada dos índices de preços dessas regiões. A variável de ponderação é a população residente na área urbana da região metropolitana.

 

4 Soma dos rendimentos efetivamente recebidos em todos os trabalhos.

 

 

 

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

Tags:

Fonte: Ricardo Bergamini

NOTÍCIAS RELACIONADAS

CCAS: Riscos da política ambiental como barreira comercial: a polêmica da reciprocidade no comércio internacional, por
Milho segunda safra tem potencial para dobrar a produtividade no Brasil
Intervenções do Bacen no câmbio funcionam? Por Roberto Dumas Damas
Abacaxi no Maranhão: Principais pragas, manejo integrado e uso correto e seguro de pesticidas agrícolas
Smart farming: como a IoT pode destravar o problema de conexão rural no Brasil?
Artigo/Cepea: Produtividade e renda dos trabalhadores no Brasil: uma análise intersetorial
undefined