Terceirização garante renda e sustentabilidade social na canavicultura, com segurança jurídica, sobretudo no Nordeste
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu liberar a terceirização para qualquer tipo de atividade trabalhista. Contudo, essa medida vai garantir renda e sustentabilidade social ao setor sucroenergético com segurança jurídica, principalmente no Nordeste.
De acordo com o presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Alexandre Lima, a terceirização viabiliza os pequenos e médios produtores que não tem condições de contratar profissionais. “Tudo deve ser feito dentro da lei, pois há uma fiscalização do trabalho forte na região. Com isso, cria a segurança jurídica que o setor tanto precisa”, comenta.
No nordeste ainda é utilizada a mão de obra para o corte da cana-de-açúcar, pois devido à topografia nem sempre é possível usar as máquinas agrícolas nas operações de campo. “É uma questão social que mexe com todo o nordeste, pois é aonde se gera mais emprego na faixa litorânea de cana-de-açúcar”, diz.
É importante ressaltar que a terceirização é diferente da pejotização, a liderança relata que muitos preferem contratar a mão de obra já outros priorizam a terceirização. “A terceirização é para dar um suporte no corte da cana-de-açúcar que dura de duas a três semanas, por isso que precisa ser através da terceirização”, afirma.
No estado, a expectativa é que a moagem fique ao redor de 50 milhões de toneladas de cana e apresenta um teor de ATR muito elevado. “Neste ano, a cultura teve um bom desenvolvimento e o nordeste deve ter uma safra um pouco maior, sendo que os dois maiores estados produtores são Pernambuco e Alagoas”, completa.