Com o resgate do mascavo, produtor deve conhecer os 10 materiais mais aptos e a tecnologia de baixo custo desse açúcar
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Cana para açúcar de valor agregado, com Elisangela Marques Jeronimo Torres - Pesquisadora da APTA
Os canavicultores terão novas alternativas de processamento de cana-de-açúcar e poder agregar valor a produção. Tendo em vista, que o treinamento está sendo oferecido pela a Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Jaú da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).
De acordo com a pesquisadora da APTA, Elisangela Marques Jeronimo Torres, a iniciativa do projeto se deu a partir do interesse de alguns produtores em conhecer e aprender o processo de produção de açúcar mascavo, melado, rapadura e cachaça. “Nós precisávamos desenvolver algum experimento neste setor e contribuir no trabalho do produtor rural. Com o auxilio de engenheiros agrônomos estabelecemos 10 cultivares e depois processadas primeiramente com escala laboratorial”, explica.
Além disso, a escolha da cultivar de cana acaba influenciando no rendimento e até mesmo a coloração do melado, rapadura e açúcar mascavo. “Todas as cultivares geraram bons produtos, o que diferenciou principalmente foi rendimento de açúcar, como as cultivares do IAC que foram superiores em relação aos dos outros programas de melhoramento”, ressalta.
Diferente do açúcar branco, o mascavo não passa pelo o processo de clarificação química rígida por isso que o açúcar mascavo tem a coloração marrom. “Naquelas dez variedades, nós utilizamos o bicarbonato de sódio para fazer uma limpeza branda e mantendo as características do caldo e facilitando a cristalização”, destaca.
Ainda segundo a pesquisadora, a cana-de-açúcar precisa estar impecável e com alto nível de sacarose. “Para o açúcar mascavo não adianta colher antes ou depois do ponto de maturação, pois é importante que a colheita seja feita no ápice de maturação”, diz.
Para mais informações:
elijeronimo@apta.sp.gov.br ou (14) 3203-3257