Sem cana de terceiros, que representa em torno de 6% do lucro na produção de açúcar e etanol, margens das usinas desapareceriam

Publicado em 04/04/2018 15:10
Isso levando em consideração apenas as 65 mi/t de fornecedores do Centro-Sul da base Orplana (há outro tanto de não ligados às associações), que, grosso modo, geram 6,5 mi/t de açúcar ou 5,2 bilhões de M3 de etanol. Cana melhor remunerada é sinônimo de cana de melhor qualidade, que se reverte em ganhos operacionais na indústria e na qualidade dos produtos finais.
Confira a entrevista com Jaime Finguerut - Diretor do Instituto de Tecnologia Canavieira - ITC

Jaime Finguerut, diretor do Instituto de Tecnologia Canavieira, conversou com o Notícias Agrícolas nesta quarta-feira (4) e destacou a importância dos fornecedores na indústria canavieira, sobretudo no que diz respeito ao esquema de pagamento de cana pelo teor de sacarose.

Para ele, apesar de qualquer usina poder produzir toda a cana que precisa, este não seria um bom negócio, já que um fornecedor de cana pode cuidar melhor da sua área e oferecer um produto de melhor qualidade.

Finguerut considera esse sistema de pagamento "um avanço enorme", mas que precisa ter seu modelo atualizado. Para essa temporada, 592 milhões de toneladas são previstas no Centro-Sul, das quais 65 milhões de toneladas são vindas dos fornecedores assocaição às regionais da Orplana e, segundo estimativas, outras 69 mi/t de produtores não associados, mas que usam também o Consecana como referência.

Para o diretor, é um custo alto para uma usina produzir 100% de sua cana e pagar e gerenciar fornecedores é mais "barato e sustentável do que cuidar da área toda".

Confira também:

Consecana recua e novo modelo de preços mais amigável ao produtor de cana sai da agenda nesta abertura de safra

Endurecimento do Consecana pode valorizar movimento por novos contratos ou pela cana spot

 

Por: Giovanni Lorenzon e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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