Soja: Preços seguem altos em Chicago e no Brasil com a baixa disponibilidade de oferta na América do Sul
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Entrevista com Mário Mariano Moraes Júnior - Diretor Comercial Agrosoya/Novo Rumo Commodities
Os preços da soja fecharam o pregão desta sexta-feira (18) em alta e no patamar dos US$ 16,00 por bushel, depois de uma semana intensa e volátil, o que também marcou o andamento dos preços no cenário brasileiro.
Como explicou o diretor comercial da Novo Rumo Commodities e da Agrosoya, o mercado se apoiou na oferta restrita da América do Sul, o bom avanço entre os derivados de soja - ambos com a oferta global também apertada - e o comportamento da demanda, principalmente por parte da China, onde se discute mecanismos que possam mitigar os impactos dos altos preços da commodity.
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Aos poucos, a safra 2022/23 dos Estados Unidos também começa a entrar no radar dos traders, e não só definições sobre a área de plantio no país, mas também a questão climática, já que há 77% de possibilidade da atuação do La Niña no Corn Belt entre março e maio.
Além disso, Mariano ainda destacou uma alta importante dos prêmios brasileiros para a soja, que ajudou ainda mais a formação das cotações da oleaginosa no Brasil nos últimos dias. A dificuldade de colheita no Centro-Oeste do Brasil, por conta do excesso de chuvas, também gera preocupação.
"Quem embarcou soja nos portos do norte ou nos portos do sul está com o mesmo problema. A soja colhida lá pelos lados de Mato Grosso está criando um desfavorecimento da soja, que nesse momento não tem qualidade adequada ou na quantidade necessária para encher esses navios e mandar a soja embora. Mais uma razão, inclusive, para a alta dos prêmios", explica Mariano.