Soja: Chicago sobe forte frente aos novos números do USDA e segue dando oportunidade para o produtor brasileiro
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Entrevista com Ênio Fernandes - Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios sobre o Fechamento de Mercado da Soja
Nesta terça-feira (9), dia de novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o mercado da soja foi surpreendido e fechou o pregão com altas de mais de 20 pontos na Bolsa de Chicago. O reporte trouxe uma correção para baixo da produção e produtividade norte-americanas e, nos estoques finais - apesar de uma revisão para cima - os dados ficaram aquém das expectativas do mercado.
Assim, o contrato janeiro/21 terminou o dia com US4 12,12, enquanto o maio/22, referência para a safra brasileira, ficando em US$ 12,34 por bushel. E para o consultor em agronegócios, Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios, o mercado deverá seguir encontrando espaço para transitando entre os US$ 12,00 e US$ 12,50 por bushel na Bolsa de Chicago, ao menos até meados de dezembro, quando os traders conhecerem melhor o desenvolvimento mais avançado da nova safra da América do Sul.
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Ainda segundo Fernandes, a força da demanda chinesa foi subestimada pelo USDA com a redução na estimativa de suas importações de 101 para 100 milhões de toneladas e que as compras da nação asiática podem surpreender. Mais do que isso, pede atenção ainda aos efeitos do inverno no hemisfério norte e da influência do mercado de energias, em especial dos biocombustíveis frente às altas sequentes do petróleo.
No Brasil, a formação dos preços continua sendo favorecida não só pela manutenção de patamares importantes na Bolsa de Chicago, mas também pelo câmbio e pelos prêmios que vêm sendo ofertados para a soja brasileira. Assim, sua orientação é de que o produtor vá, aos poucos, garantindo que aproveite essas boas oportunidades que o mercado lhe oferece.
Veja a entrevista na íntegra no vídeo acima e, na tabela a seguir, os números completos da soja trazidos pelo USDA: