Soja: Atenção do mercado está dividida entre BR e EUA e será preciso ver de onde virá a notícia, diz consultor
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Entrevista com Aaron Edwards - Consultor de Mercado da Roach Ag Marketing sobre o Fechamento de Mercado da Soja
O pregão desta terça-feira (14) termina com estabilidade para os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago, com pequenas baixas sendo registradas entre as posições mais negociadas. Assim, o novembro termina o dia com US$ 12,82 e o maio com US$ 13,02 por bushel. Segundo explica Aaron Edwards, consultor de mercado da Roach AgMarketing, a manutenção do patamar dos US$ 12,60, principalmente depois do último relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
"Se tivessemos rompido, tecnicamente, estaríamos em tendência de baixa, os fundos abririam mão de suas posições compradas, vender e derrubar os preços. Não foi o que aconteceu (...) E se esse é o nosso piso, a tendência de alta segue e segue firme. Isso é o que me encoraja", explica Edwards ao Notícias Agrícolas.
Assim, o mercado se atenta aos próximos fatores que podem impactar a formação das cotações - que neste momento podem ser baixistas - mas que poderiam ter um outro lado, como problemas de clima durante a colheita americana ou o plantio brasileiro, além de uma intensificação da demanda, o que serão as notícias capazes de movimentar o mercado.
"A lista de notícias altistas, na minha concepção, é maior do que a que nos derrubaria", diz. "Nesta semana, o mercado já está com um olho no Brasil. O que temos hoje é a certeza de que teremos uma grande safra no Brasil, mas é muito difícil passarmos todo o período sem ter um susto, o mesmo com a colheita americana. A atenção está dividida entre os dois mercados, mas daqui pra frente é importante olhar pros dois países e ver de onde virá a notícia".