Falta de demanda e sinalização de boas chuvas em importantes regiões produtoras nos EUA deram tom negativo aos preços da soja em Chicago
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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro sobre o Fechamento de Mercado da Soja
A quinta-feira (8) foi de mercado bastante volátil para a soja na Bolsa de Chicago. Depois de um dia todo testando os dois lados da tabela, os futuros da oleaginosa negociados encerraram os negócios com pequenas baixas de 1,50 a 7,75 pontos nos principais contratos, com o novembro/21, referência para a safra americana, sendo cotado a US$ 13,19 por bushel.
O clima para o Corn Belt permanece no centro das atenções do mercado internacional e as condições melhores que aparecem nas previsões deram espaço ao sobe e desce das cotações nesta quinta. Os mapas que chegaram no início da tarde mostraram boas chuvas no leste norte-americano, se estendendo até Iowa, onde a seca ainda preocupa.
E assim, como explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa, o mercado também encontrou espaço para ceder levemente. No entanto, aos poucos a bússola dos traders vai se voltando para o novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na segunda-feira, dia 12.
"Analisando os números, o relatório de segunda-feira pode gerar muita volatilidade. Hoje, o clima melhor e a falta de demanda, a ausência total da China fez com que os preços cedessem para soja, para milho e para o trigo não foi diferente", diz Sousa.
MERCADO NO BRASIL
Acompanhando o dólar, os preços da soja voltaram a subir no Brasil nesta quinta-feira, porém, os negócios ainda são limitados. "O Brasil está em stand by e não sem grandes comercializações", explicou o diretor da Labhoro.
No interior, as referências subiram entre 0,51% e 4,76%, as quais variam entre R$ 149,00 e R$ 162,00 por saca no mercado físico, soja disponível.