Soja recua em Chicago com tempo melhor nos EUA. BR tem início de semana de poucos negócios

Publicado em 17/05/2021 17:08 e atualizado em 17/05/2021 18:15
Entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting sobre o Fechamento de Mercado da Soja
Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting

Podcast

Entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

Download
 

Nesta segunda-feira (17), o mercado da soja na Bolsa de Chicago fechou o pregão com leves baixas. Depois de testar o lado positivo da tabela, os preços voltaram a recuar diante da melhora do clima nos Estados Unidos esperada para os próximos dias. As chuvas começam a chegar a regiões importantes e que vinham sendo muito aguardadas pelos produtores, além das temperaturas também sinalizarem uma elevação depois de meses de um frio bastante intenso. 

Boas chuvas estão sendo esperadas entre 5 e 7 dias parea o Corn Belt, como mostram os mapas a seguir atualizados pelo NOAA neste 17 de maio.

Chuvas previstas para os EUA nos próximos 5 dias - Fonte: NOAA

Chuvas previstas para os EUA nos próximos 7 dias - Fonte: NOAA

Assim, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, o clima mais favorável para o Corn Belt se une a uma demanda menos presente da China neste momento nos EUA, inclusive pela soja da safra nova norte-americana, o que dá espaço à correção dos preços como a que foi observada neste início de semana.

"A China 'pode' comprar soja até algo entre US$ 14,00 e US$ 14,50 considerando Chicago e prêmio, com esse valor ela ainda tem margem favorável e eles estão de olho nisso", explica o consultor. Enquanto isso, seguem adquirindo bastante milho, incrementando seu processamento para garantir não só mais etanol, mas também mais volume de DDG para compor a ração para seus planteis. 

Leia Mais:

+ USDA anuncia venda de 1,828 milhão de t de milho nesta 2ª feira

Ainda assim, mesmo diante dessas boas condições climáticas nos EUA, bom arranque da nova safra americana, sinalização da chegada de uma produção regular ao mercado vinda dos EUA e mais a possibilidade de uma área cultivada com soja no país ser ainda maior, a pressão de baixa desses fatores é limitada pelos estoques muito apertadas desta safra e o da próxima, que também deverão ser ajustados. 

"Há um ambiente menos preocupante para a safra 2021/22, mas que sim, ainda preocupa, já que ainda será bem ajustado", diz Brandalizze, que afirma ainda que os preços continuarão, portanto, acima de um intervalo de US$ 12,00 a US$ 13,00. "A oferta vai atender a demanda, mas uma demanda curtinha", complementa. 

MERCADO BRASILEIRO

No Brasil, o ritmo dos novos negócios ainda é lento e o produtor espera por preços melhores para voltar às vendas, ainda como relata o consultor.  

Os preços de referência nos portos, nesta segunda-feira, perderam R$ 1,00 por saca, mas ainda registrando indicativos importantes e bem remuneradores para os sojicultores. 

Já para a safra nova as referências variam entre R$ 162,00 e R$ 163,00, se distanciando dos picos de R$ 171,00, porém, ainda muito bem remuneradores também e bem melhores do registrado no mesmo período da safra anterior. Como explicou Brandalizze, as relações de troca seguem favoráveis. 

 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Pátria: Plantio da soja 2024/25 chega a 83,29% da área
Soja tem cenário de sustentação em Chicago agora, principalmente por força da demanda
USDA informa novas vendas de soja nesta 6ª feira, enquanto prêmios cedem no Brasil
Soja opera estável nesta 6ª em Chicago, mas com três primeiros vencimentos abaixo dos US$ 10/bu
Soja volta a perder os US$ 10 em Chicago com foco no potencial de safra da América do Sul
USDA informa nova venda de soja - para China e demaisa destinos - e farelo nesta 5ª feira
undefined