Safra de soja do Paraguai sofre com condições climáticas e perdas devem chegar em 2 milhões de toneladas
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Safra de soja do Paraguai sofre com condições climáticas e perdas devem chegar em 2 milhões de toneladas
Restam apenas 3% das lavouras de soja para serem colhidas no Paraguai e o cenário que se desenha é de perdas de produção maiores do que o imaginado anteriormente. A safra 2020/21 era estimada em 10 milhões de toneladas, caiu para 9 no começo do ano e agora é projetada em 8 milhões.
O presidente da APS (Associação dos Produtores de Soja, Oleaginosas e Cereais do Paraguai), Eno Michels, explica que o plantio atrasado e a falta de chuvas no final de 2020 já haviam prejudicado o desenvolvimento das lavouras e que depois foi o excesso de precipitações na colheita que retirou mais potencial da safra.
Diante disso, a maior parte dos produtores paraguaios irá colher apenas para cumprir os contratos já firmados anteriormente, sem os excedentes esperados que seriam negociados em preços bem superiores aos anteriores.
A segunda safra de milho também foi impactada e foi fora das janelas de cultivo, com apenas 15% sendo semeado no período correto. Mesmo assim, Michels destaca que os produtores apostaram na cultura e aumentaram a área plantada, sob lavouras de soja safrinha, apostando nos preços elevados do cereal.
Os riscos para a safrinha são as geadas do inverno. A liderança aponta que, se elas acontecerem apenas em julho ainda será possível ter alta produção de milho, mas se forem registradas em junho as perdas iram aparecer também no cereal.
Confira a entrevista completa com o presidente da APS no vídeo.