Sem soja disponível, China avança na compra de milho para fazer etanol e usar o DDG na alimentação animal
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Entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting sobre o fechamento do Mercado da soja
Em uma sessão bastante técnica nesta terça-feira (2), os futuros da soja fecharam o dia com perdas de 4,25 a 11,75 pontos nos principais contratos na Bolsa de Chicago. O contrato março terminou o pregão com US$ 13,54 e o maio, US$ 13,50.
"O mercado foi muito técnico, liquidando posições, testando a linha da baixa e o financeiro apostando contra as commodities depois de termos testado boas altas na semana passada", explicou o consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
Para o especialista, o fundo do poço para os preços, porém, deve ficar entre US$ 13,30 e US$ 13,40 e, alcançando estas referências, o mercado deve reverter as perdas e voltar a testar novas altas na CBOT. Assim, complementa dizendo que trata-se de um mercado muito mais técnico agora, do que de fundamentos.
Brandalizze chama atenção para o mercado brasileiro e a influência que haverá nos preços com a chegada da nova oferta brasileira. "Podemos ver, talvez a partir de março, uma pressão (de alta) maior sobre os prêmios por conta dos embarques atrasados, a correria pelo grão. Então, talvez os negócios voltem a fluir, mas com prêmios melhores", diz.
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Para o produto brasileiro, os preços já superam os US$ 14,80 - contabilizando Chicago e prêmios - e o valor acaba trazendo margens negativas para os chineses, o que os leva a procurar alternativas para o farelo de soja, mesmo que paliativa, e uma delas tem sido o DDG de milho.