Rio Grande do Sul precisa de uma safra cheia de soja para atender compromissos internos e de exportação, diz ACERGS
A safra de soja no Rio Grande do Sul começa a se beneficar das melhores condições de chuvas observadas nos últimos dias, com as chuvas sinalizando uma certa regularidade e melhores volumes, depois dos períodos longos de estiagem que comprometeram o plantio e o desevolvimento inicial da oleaginosa.
"Já faz praticamente 15 dias que chove regularmente e podemos dizer que nos últimos dois dias o Rio Grande do Sul está em condições normais de clima", explica Roges Pagnussat, presidente da ACERGS (Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul). Agora, produtores e os demais elos da cadeia de distribuição e processamento monitoram qual será a real oferta do estado para equilibrar e atender a demanda, que é forte tanto interna, quanto externamente.
Há ainda um elevado percentual da nova safra já comprometida, como em todo país, o que deixa o volume disponível ainda mais limitado.
"Precisamos de uma colheita normal para atender os compromissos, tanto internamente, quanto os contratos futuros já firmados para exportação. 2021 está praticamente definido, aqui temos uma falta grande de soja para esmagamento interno, porque contamos com a soja do Centro-Oeste entre meados de janeiro e fevereiro, porque nossa colheita começa entre março e abril e já estamos sentindo isso. Nossas indústrias estão um pouco desabastecidas, essa falta de oferta preocupa e já reflete no farelo lá na frente", explica Pagnussat.
O presidente da ACERGS também reforça a demanda forte pelo farelo, não só para a produção local, mas também para as exportações, o que mantém a demanda intensa também nos dois polos, interno e externo.