Janela de cultivo da soja no RS vai chegando perto do fim, com perdas até mesmo em áreas irrigadas

Publicado em 05/11/2020 11:04 e atualizado em 07/11/2020 07:08
Vendas antecipadas na soja eram de 40% antes do plantio, mas dificuldades com a falta de chuvas pode diminuir a produção e elevar esse porcentual para até 90%. Lavouras de milho verão também sofrem com a estiagem e precisam de chuvas para seguir o desenvolvimento
José Domingos Teixeira - Engenheiro Agrônomo e Consultor Técnico

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Plantio da soja está atrasado no RS e melhor janela de cultivo vai chegando perto do fim com perdas já começando a aparecer

 

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A estiagem segue trazendo transtornos para os produtores rurais do Rio Grande do Sul. Na região de Tupanciretã, por exemplo, as lavouras de milho verão que já foram plantadas estão precisando de chuva para seguir se desenvolvendo.

Segundo o engenheiro agrônomo e consultor técnico, José Domingos Teixeira, as lavouras de milho já tem perdas consideráveis e, aqueles que têm áreas irrigadas, já estão ficando sem água disponível nos reservatórios para abastecer as lavouras que se aproximam do período em que mais precisam de umidade.

O plantio da soja é outra atividade impactada pela falta de precipitações. Teixeira aponta que, até o momento, o plantio no estado foi realizado em 36% das áreas, quando o normal seria algo mais próximo dos 50%. Além disso, a janela ideal para a soja está próxima do final e o plantio precisa seguir para ainda ter alto potencial produtivo.

Diante deste cenário as negociações de vendas estão totalmente paralisadas e o risco de não cumprimento de contratos já firmados é grande, assim como já aconteceu na safra passada no estado. O consultor relata que, antes do plantio, as vendas estavam em 40% da expectativa de produção, mas com as perdas que começam a se desenhar, esse percentual pode saltar para 90% do que será efetivamente colhido.

Já para o trigo, este período seco é benéfico para o avanço das atividades de colheita no estado. Por outro lado, essas lavouras já sofreram com geadas em agosto e falta de chuvas em parte do desenvolvimento, e agora as perspectivas de perdas na produtividade vão se confirmando com poucos produtores colhendo acima de 3 mil quilos por hectare.

Confira a íntegra da entrevista com o engenheiro agrônomo e consultor técnico no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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