Mesmo sem compras da China, soja em Chicago vem se mantendo acima dos US$ 10/bushel com Fundos defendendo suas posições
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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro sobre o Fechamento de Mercado da Soja
Nesta segunda-feira (05), o mercado da soja passou o dia em estabilidade, fechando com variações positivas de até 1 ponto nos principais vencimentos. O mercado se mantém firme mesmo com a China fora do mercado, já que o país asiático segue em feriado até a próxima quarta-feira. Após o fim do recesso, fica a indecisão se a China irá cumprir o acordo comercial com os Estados Unidos.
Hoje, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras, atualizando os dados para as lavouras de soja e milho. Para a oleaginosa, o departamento indicou que 38% das lavouras haviam sido colhidas até o último domingo (04), um salto em comparação aos 20% registrados na última publicação na semana anterior. O índice ainda ficou a frente dos 28% de média das últimas cinco safras.
O USDA informou ainda que 64% das lavouras estão com índices bons ou excelentes, 26% em médio e 10% em estados ruins ou muito ruins. Na última semana estes percentuais eram de 64%, 26% e 10% respectivamente. Por fim, 85% das lavouras já estão na fase de desfolha contra 74% da semana anterior e 82% da média das últimas cinco safras.
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A demanda chinesa, o próximo relatório do USDA de oferta e demanda e o acompanhamento climático ditarão o movimento dos fundos, com mais de 250 mil contratos comprados. A China no momento está com seus estoques bem abastecidos, mas com necessidade de suprir seu mercado para o fim de janeiro. Essa demanda normalmente é suprida com produto brasileiro, mas como o clima na América Latina pode gerar um atraso na safra, o que não significa quebra na produção, pode gerar uma demanda extra para os EUA.
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Segundo análise do Cepea/Esalq, o ritmo acelerado de processamento e a aquecida demanda, especialmente externa, reduziram rapidamente os estoques domésticos de soja e derivados, mesmo em um ano de recorde de produção.
Segundo pesquisadores do Cepea, agora, a disputa acirrada pelo produto restante e os valores altos da paridade de exportação, sustentada pelo dólar valorizado, estão alavancando as cotações domésticas do grão e dos derivados, que operam nas máximas nominais e se aproximam dos recordes reais.