China pode aumentar em 10 mi/t a importação de soja, caso se confirme a recuperação parcial do plantel de suínos em 2020

Publicado em 17/12/2019 17:45
Soja em Chicago sobe pela quarta sessão seguida após acordo entre China e EUA e as boas notícias que podem incrementar demanda pela soja americana
Camilo Motter - Granoeste Corretora de Cereais

Nesta terça-feira (17), o mercado da soja encerrou o pregão com novas altas. É a quarta alta seguida, com cotação de US$ 9,28 (+ 6.75) para a referência de janeiro/20. O mercado positivo segue em resposta ao acordo entre Estados Unidos e China, que deve ser assinado no início do próximo ano. Há rumores de que o acordo envolva a compra de cerca de US$ 40 bilhões por parte da China, mas essa informação ainda é incerta, desde como essas compras seriam feitas a até em quanto tempo. Caso esse valor se confirme, o país asiático terá que realizar grandes exportações de produtos agropecuários americanos.

Outro fator positivo, é que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou recentemente uma possível vacina para a PSA (Peste Suína Africana). Apesar do anúncio, a vacina ainda precisa passar por testes de validação antes de sair no mercado. Caso a solução seja efetiva, há previsão de que o plantel afetado na China, país que mais sofreu com a doença, se recupere em alguns anos. Com o plantel se recuperando, as importações chinesas  de soja subiriam dos atuais 84/85 milhões de toneladas para 94/95 milhões de toneladas.

Para o mercado brasileiro, as altas em Chicago tiveram como contraponto o valor do câmbio, que fechou em R$ 4,07 e os prêmios, que também perderam força. 

Por: Aleksander Horta e Ericson Cunha
Fonte: Notícias Agrícolas

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