Preços da soja em Chicago já estão próximos do piso, mas ainda dependem da assinatura de acordo ChinaXEUA para voltar a subir
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Entrevista com Flávio França Jr. - Chefe do Setor de Grãos da Datagro Consultoria sobre o Fechamento de Mercado da Soja
O mercado da soja em Chicago encerrou esta quarta-feira (06) em queda, comm baixas de 6,25 pontos a 6,75 pontos nos principais vencimentos. O principal fator que faz o mercado contiinuar em campo negativo é o fim da guerra comercial entre EUA e China. Um possível encontro entre os líderes dos dois países está marcado para dezembro, mas o mercado acredita que isso pode não acontecer.
Em um momento em que a colheita nos EUA segue sem grandes problemas, essa indefinição sobre o encontro traz pressão ao mercado. O país asiático vem comprando bons volumes de soja americana, superando o volume das compras do mesmo período no ano anterior. No entanto, as compras são espassadas e insuficientes para animar os ânimos do mercado.
Sobre a safra americana, o relatório mensal do USDA de novembro será o último que trará números de avanço da safra. Estimá-se que haja redução tanto para a produção, quanto para os estoques. Flávio França, chefe do setor de grãos da DATAGRO, acredita que o mercado atualmente está em seu preço mínimo e que a tendência é de novas altas. Porém, para isso ocorrer, a China teria que voltar ao mercado comprando fortemente.
Para o mercado brasileiro, a atenção deve ficar com relação ao câmbio. Com um avanço de 49%, o plantio segue em ritmo dentro da média, que é 43%. Da safra velha, 94% da produção já foi comercializada, enquanto que 33% da safra nova foi negociada. Para o milho, quatro condições de vendas: 88% do milho verão 2019, 84% do milho inverno 2019, 5% do milho verão 2020 e 26% do milho inverno 2020 já foram comercializados.